Falta de nutrição é responsável por mais de um terço das mortes infantis

16/01 - 17:50 - AFP


Mais de um terço das mortes anuais de crianças com menos de cinco anos (3,5 milhões) são atribuídas à falta de nutrição materna e infantil, segundo as conclusões de cinco estudos publicados nesta quinta-feira, no website da revista britânica The Lancet.

A subnutrição se traduz em magreza, atrasos no crescimento e déficit em vitaminas e minerais essenciais.

Quatro em cada cinco crianças que sofrem de desnutrição vivem em 20 países do planeta, escreve Richard Horton, redator-chefe da revista médica.

Entre os que necessitam uma ação urgente, estão Birmânia, Uganda, Índia e África do Sul, segundo Horton.

O melhor período para tratar a subnutrição é entre a gravidez e os dois anos, uma idade após a qual a criança pode ser vítima de "danos irreversíveis para seu desenvolvimento até a idade adulta", entre eles a pequena estatura, um nível de estudos e de remuneração mais modestos, segundo as conclusões de um dos estudos, assinado por Caroline Fall, da Universidade de Southampton (Grã-Bretanha).

Além disso, os pesquisadores descobriram que as crianças que sofreram de desnutrição até os dois anos e depois aumentaram rapidamente de peso têm um risco elevado de enfermidades crônicas.

Uma série de ações voltadas para a alimentação materna e infantil poderiam evitar 25% das mortes de crianças nos países mais afetados, segundo o estudo da equipe dirigida por Simon Cousens, da London School of Hygiene and Tropical Medicine.

As duas estratégias mais eficazes para reduzir a mortalidade infantil são estimular a lactação materna e fornecer suplementos de vitamina A.

Porém, segundo Horton, investir a longo prazo no papel das mulheres como cidadãs de pleno direito será o único meio para obter melhoras duradouras na alimentação materna e infantil.

vm/tl/sd

Comentários

Postagens mais visitadas