Dieta do Paleolítico na prevenção da diabetes
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Os habitantes das ilhas de Kitava e Papua Nova Guiné não apresentam problemas cardiovasculares ou diabetes. Steffan Lindeberg, cientista da Universidade de Lund, julga saber porquê. |
Uma investigação publicada na revista “Diabetologia” sugere que a alimentação que os nossos antepassados praticavam há cerca de dois milhões de anos é a mais eficaz no controlo de níveis no sangue. De acordo com Steffan Lindeberg, do Departamento de Medicina da Universidade de Lund, na Suécia, uma ementa que se resuma a frutas, vegetais, frutos secos, peixes e carnes magras, permite “ensinar” o organismo a controlar os níveis de acúcar. O investigador sueco, que há muitos anos estuda o efeito das dietas tradicionais na saúde humana, interessou-se pela ausência de doenças cardiovasculares ou diabetes em habitantes de ilhas como Kitava, Trobriand e Papua Nova Guiné. Nestas populações, onde os alimentos de origem agrícola são praticamente inexistentes, as respostas insulínicas (descargas de insulina no sangue) são menores e os níveis de açúcar no sangue estão geralmente normalizados. Isto porque é dos alimentos agrícolas que vem a maior parte das calorias que armazenamos. O estudo agora publicado, um dos primeiros a debruçar-se sobre a dieta do Paleolítico, revela que este tipo de nutrição consegue regular a resposta insulínica e os níveis de açúcar no sangue em apenas três meses. Segundo os cientistas, esta dieta pode ser a intervenção alimentar mais adequada para diabéticos ou pré-diabéticos.
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