Canela contra a diabetes tipo 2
Estudo da Universidade da Malásia cria novas expectativas
A canela, já conhecida pelas suas propriedades antidiarreicas e antialérgicas, é também eficaz contra a diabetes de tipo 2, a que aparece na idade adulta, indica um estudo hoje publicado na Malásia, citado pela Lusa. O trabalho, realizado durante três anos pela Universidade Tecnológica da Malásia, mostra que "o extracto de canela, localmente conhecida como kayu manis, reproduz a acção da insulina nas células", explicou ao jornal Star, de Kuala Lumpur, o investigador Mohammad Roji Sarmidi. A insulina é a hormona responsável pelo controlo da taxa de açúcar no sangue, sendo a sua insuficiência a causa da diabetes.
«Estudos do Serviço de Investigação em Agricultura dos Estados Unidos também mostram que certas substâncias da canela ajudam as células a responderem melhor no que respeita à insulina», afirmou Mohammad Roji ao Star. Era já conhecida a actuação benéfica da canela contra a diarreia e a artrite, e contra as úlceras e as alergias - recordou o investigador, responsável pelo estudo. A universidade vai realizar este ano novos estudos, incluindo testes com animais, antes de poder validar a canela como meio de luta contra a diabetes, precisou.
A notícia original pode ser lida em http://thestar.com.my/news/story.asp?file=/2006/1/6/nation/13005583&sec=nation&focus=1A canela pode prevenir a diabetes tipo II
A canela pode prevenir ou, ao menos, retardar um tipo de diabetes que se desenvolve com a idade, conforme afirmam pesquisadores americanos.
Testes clínicos do extrato de canela devem começar dentro de um ano, porém o nutricionista Richard Anderson afirma que pacientes com diabetes tipo II, ou não-dependente de insulina, poderiam se beneficiar da adição deste condimento a sua comida ou à bebida.
"Recomendamos que as pessoas tomem de um quarto a uma colher de chá cheia de canela diariamente ", diz Anderson.
O diabetes tipo II mata 100 milhões de pessoas prematuramente a cada ano. Em pacientes com a condição, as células de gordura e dos músculos perdem, gradualmente, a habilidade de responder à insulina, hormônio que orienta as células a remover a glicose em excesso da corrente sangüínea. Como resultado, a glicose se acumula no sangue, causando sintomas como fadiga, perda de peso e visão embaçada. Em experimentos prévios de laboratório,
Anderson e seus colaboradores dos laboratórios de nutrição do Serviço de Pesquisa em Agricultura, em Beltsville, Maryland, estabeleceram que a canela recupera a habilidade das células de gordura de diabéticos tipo II em reconhecer e responder à insulina, aumentando em vinte vezes o metabolismo da glicose.
Agora, o grupo descobriu a substância responsável por isto, um polifenol denominado polímero chalcone metilidróxido (em inglês, MHCP). Anderson afirma que o extrato não substitui a insulina através de uma ligação com o receptor do hormônio. Experimentos demonstraram que simplesmente faz com que as células de gordura apresentem maiores respostas à insulina, garantindo que a mensagem "remova a glicose" seja registrada na célula.
Em estudos não publicados, concentrações anormalmente elevadas de glicose em camundongos diabéticos se reduziram drasticamente quando receberam o MHCP. A pressão sangüínea também permaneceu estável em camundongos espontaneamente hipertensos, roedores com uma insensibilidade à insulina, cuja pressão sangüínea normalmente se eleva quando sob dieta com níveis elevados de açúcar.
Canela ajuda a reduzir açúcar no sangue
Um estudo preliminar do US Agricultural Research Service com portadores de diabetes tipo 2 mostrou que consumir metade de uma colher de chá ao dia é suficiente para reduzir os níveis de açúcar no sangue. Além disso, os óleos essenciais de canela têm ação antifungicida, antiinflamatória e antibacteriana.
Folha de São Paulo, 11/08/05
Canela ajuda a combater diabetes tipo 2
Estudo avalia propriedades da especiaria
É uma especiaria muito conhecida e usada na culinária, especialmente na doçaria, mas também apresenta ter propriedades capazes de prevenir e combater o diabetes tipo 2.
Uma equipa de investigadores norte-americanos identificou um componente que desempenha o papel de substituto da insulina e pode potencializar a actividade desta substância no organismo. Segundo Don Grave, investigador da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, o componente bioactivo da canela tem um enorme potencial para prevenir e tratar a diabetes.
Segundo o cientista, mais de 170 milhões de pessoas sofrem da doença em todo o mundo, mas muitas delas não têm acesso a tratamentos adequados. «E estas pessoas podem beneficiar de um produto natural e disponível como a canela», acredita.
As propriedades terapêuticas da canela para a diabetes tipo 2 foram descobertas por Richard Anderson, investigador do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e antigo aluno de Grave. Recentemente, Anderson concluiu um estudo, em conjunto com uma equipa de cientistas paquistaneses, utilizando a especiaria. O cientista obteve resultados promissores ao aplicá-la em 30 pessoas portadoras da doença.
Tratados com uma solução de canela ao longo de 40 dias, os voluntários demonstraram uma significativa redução dos níveis de glicose no sangue. O estudo também indicou uma redução dos níveis de triglicéridos e colesterol.
Nos Estados Unidos, a equipa de Grave conseguiu identificar e descrever a estrutura química da molécula proanthocyanidin, encontrada na canela e que interfere na sinalização da insulina nas células gordurosas. No momento, Grave testa os efeitos benéficos da canela em ratos portadores de diabetes. Os resultados devem estar concluídos em seis meses. Segundo o investigador, o tempero ainda pode ajudar a tratar a doença de Alzheimer. Estudos recentes demonstraram que a insulina pode estar relaciona com doenças neurodegenerativas.
Proveniente da casca odorífera de uma planta do Sri Lanka, denominada caneleira, a canela tem sido considerada desde a antiguidade como um poderoso afrodisíaco. Usada na confecção de biscoitos e na doçaria em geral, como condimento nas comidas e na preparação de vinho aromático, a canela é considerada com capacidades afrodisíacas. Apesar de não existirem provas científicas para este facto, a verdade é que o agradável odor induz ao bem-estar. Embora as especiarias já fossem conhecidas na Europa, sobretudo, devido aos mercadores venezianos, durante o século XIII, no século XV elas tornam-se populares e mais baratas. De regresso a Lisboa, a armada de Vasco da Gama trouxe a pimenta e o gengibre do Malabar, o cravinho do arquipélago indonésio e a noz-moscada e a canela do Ceilão.
Traduzido e adaptado por:
Paula Pedro Martins
Jornalista
MNI-Médicos Na Internet
20 de Abril de 2004
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