'Maus hábitos' podem antecipar mal de Alzheimer
Estudos mostram que beber em moderação e não fumar podem retardar início da doença |
Um estudo do Centro Médico Mount Sinai, da Flórida, concluiu que beber em excesso - duas ou mais doses por dia - faz com que a doença se desenvolva quase cinco anos mais cedo. Os que fumam mais de 20 cigarros por dia podem desenvolver a doença dois anos mais cedo.
O estudo foi realizado com 900 pessoas com mais de 60 anos de idade. Os participantes foram diagnosticados como possivelmente ou provavelmente tendo a doença, e as informações sobre os hábitos foram obtidas de familiares.
O estudo também concluiu que as pessoas com um gene específico - variante 4 do APOE - podem desenvolver a doença três anos mais cedo.
Os três fatores de risco juntos foram associados com o início da doença até 8,5 anos mais cedo do que aqueles com nenhum dos fatores presente.
"Os resultados são importantes porque mostram que, se conseguirmos reduzir ou eliminar a bebida em excesso e o fumo, podemos atrasar o início da doença e também reduzir o número de pessoas que desenvolvem o problema", disse Ranjan Duara, do Centro Médico Mount Sinai.
Colesterol
Um segundo estudo concluiu que pessoas com mais de 40 anos e com níveis elevados de colesterol têm uma vez e meia mais chances de desenvolver Alzheimer.
Neste estudo, os cientistas acompanharam 9,7 mil homens e mulheres a partir dos 40 anos na Califórnia.
Ao comentar as pesquisas, a chefe de pesquisa da organização britânica Alzheimer's Society, Susanne Sorensen, disse que os novos estudos acrescentam dados à evidência já existente sobre o impacto que o fumo e a bebida têm sobre os riscos de se desenvolver demência.
"A melhor maneira de reduzir os risco é ter uma dieta balanceada, rica em antioxidantes e vitaminas, e praticar exercícios regularmente", afirmou.
"Não fumar, beber em moderação e checar a sua pressão e o nível de colesterol também são importantes para reduzir o risco do problema", completou Sorensen.
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