Dietas com alto índice ou carga glicêmica estão associadas com maior risco de doenças crônicas
Data: 08/05/2008
Autor(a): Thiago Manzoni Jacintho
Uma metanálise que avaliou 37 estudos prospectivos concluiu que dietas contendo alimentos com alto índice glicêmico (IG) ou alta carga glicêmica (CG) aumentaram independentemente o risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, câncer de mama, doença cardíaca e de vesícula biliar.
Foram utilizados questionários de freqüência alimentar na maior parte dos estudos. Os participantes tinham entre 24 a 76 anos de idade e IMC entre 23,5 a 29 kg/m2, atingindo a faixa de normalidade do peso corpóreo e o sobrepeso. A limitação desse estudo, os próprios autores já indicam: "é que quase a totalidade (90%) dos indivíduos em estudo era de mulheres, por isso os resultados não podem ser extrapolados para os homens".
Os autores acreditam que a hiperglicemia pós-prandial em indivíduos sem diabetes é o mecanismo universal que contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas. O consumo de alimentos com baixo IG e CG pode evitar esse quadro clínico por meio dos efeitos metabólicos causados na função das células beta do pâncreas, na concentração de triacilgliceróis e ácidos graxos livres, além de ter influência na saciedade.
Apesar de ambos os índices, quando elevados, terem tido associação com o aumento das doenças crônicas, houve um efeito mais potente na inter-relação entre o IG e as doenças do que entre a CG e as mesmas enfermidades. "Isso significa que independente do nível de consumo de carboidrato, a contribuição do IG é importante".
Referência(s)
Barclay AW, Petocz P, McMillan-Price J, Flood VM, Prvan T, Mitchell P, et al. Glycemic index, glycemic load, and chronic disease risk -- a meta-analysis of observational studies. Am J Clin Nutr. 2008;87(3):627-37.
Autor(a): Thiago Manzoni Jacintho
Uma metanálise que avaliou 37 estudos prospectivos concluiu que dietas contendo alimentos com alto índice glicêmico (IG) ou alta carga glicêmica (CG) aumentaram independentemente o risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, câncer de mama, doença cardíaca e de vesícula biliar.
Foram utilizados questionários de freqüência alimentar na maior parte dos estudos. Os participantes tinham entre 24 a 76 anos de idade e IMC entre 23,5 a 29 kg/m2, atingindo a faixa de normalidade do peso corpóreo e o sobrepeso. A limitação desse estudo, os próprios autores já indicam: "é que quase a totalidade (90%) dos indivíduos em estudo era de mulheres, por isso os resultados não podem ser extrapolados para os homens".
Os autores acreditam que a hiperglicemia pós-prandial em indivíduos sem diabetes é o mecanismo universal que contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas. O consumo de alimentos com baixo IG e CG pode evitar esse quadro clínico por meio dos efeitos metabólicos causados na função das células beta do pâncreas, na concentração de triacilgliceróis e ácidos graxos livres, além de ter influência na saciedade.
Apesar de ambos os índices, quando elevados, terem tido associação com o aumento das doenças crônicas, houve um efeito mais potente na inter-relação entre o IG e as doenças do que entre a CG e as mesmas enfermidades. "Isso significa que independente do nível de consumo de carboidrato, a contribuição do IG é importante".
Referência(s)
Barclay AW, Petocz P, McMillan-Price J, Flood VM, Prvan T, Mitchell P, et al. Glycemic index, glycemic load, and chronic disease risk -- a meta-analysis of observational studies. Am J Clin Nutr. 2008;87(3):627-37.
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