Cientistas querem mudar dieta de vacas contra efeito estufa

Nota: Tanta coisa... quando o mais simples seria deixarmos de produzir carne e leite para consumo humano...

Luis Guerreiro



10 de julho de 2007 - 16:54

Projeto neozelandês indica que a dieta pode reduzir emissões de metano das ovelhas em até 50%

Efe


LONDRES - Os ruminantes, como as vacas, são responsáveis por até 25% das emissões de metano produzidas pelas atividades humanas, incluindo a pecuária, e cientistas britânicos querem mudar a dieta desses animais para fazer com que seja melhor digerida, em benefício do clima.

Especialistas do Instituto de Pesquisas Ambientais de Aberystwyth (Gales, Reino Unido) acreditam que é possível modificar a dieta para que os animais produzam menos metano, que é um gás de efeito estufa mais potente que o dióxido de carbono.

Segundo o especialista Mike Abberton, os pecuaristas poderiam ajudar a combater a mudança climática cultivando variedades de pasto que tenham maiores níveis de açúcar.

Uma dieta alterada como esta pode modificar a forma como as bactérias no estômago dos ruminantes transformam o material ingerido em gás, que depois soltam para a atmosfera.

O instituto lançou um novo projeto de pesquisa com as universidades de Gales e Reading para ver como este processo pode ser melhorado.

Um projeto similar realizado na Nova Zelândia indica que estas alterações na dieta podem reduzir as emissões de metano das ovelhas em até 50%.

"É improvável que no Reino Unido consigamos uma redução tão grande, mas, mesmo se fosse menor, já seria significativa. Tornar a dieta dos animais mais digestíveis pode reduzir suas emissões de metano", explica Abberton.

Uma vaca pode produzir diariamente entre 100 e 200 litros de metano.

Além de reduzir a produção de metano, o cultivo de certas leguminosas pode ajudar a melhorar os níveis de nitrogênio do solo, já que estas plantas atraem, de forma natural, bactérias e fungos que fixam o nitrogênio da atmosfera.

Segundo um porta-voz do Ministério de Alimentação e Assuntos Rurais britânico, outra idéia para reduzir a produção de metano é aumentar a longevidade da vaca, já que, desta forma, se produziria a mesma quantidade de leite com menor número de animais.


Fonte: http://www.estadao.com.br/

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Pílulas evitam que vacas emitam metano

28 Março, 2007 - 10:46h Délcio Rocha

O que você pode fazer para colaborar na luta contra o aquecimento global? Reduzir as viagens de avião, vender o carro, reciclar garrafas plásticas… mas se você realmente quer atacar as mudanças climáticas, deveria fazer com que as vacas deixassem de ruminar. De acordo com estimativas científicas, o metano produzido por esses animais é responsável por 4% das emissões de gases causadores do efeito estufa. E agora, cientistas alemães inventaram uma pílula que corta o arroto bovino.
A pílula de base vegetal, conhecida como bolus, combinada com uma dieta especial e alimentação restrita, é destinada a reduzir o metano produzido pelas vacas. "Nosso objetivo é aumentar o bem-estar dos animais, reduzir os gases do efeito estufa produzidos e incrementar a produção agrícola tudo de uma vez", diz Winfried Drochner, professor de nutrição animal que lidera o projeto na Universidade de Hohenheim, em Stuttgart. "É um meio efetivo de lutar contra o aquecimento global".
O professor deseja usar a pílula para capturar parte da energia do metano, que é naturalmente produzido no processo de fermentação quando a vaca digere a grama - que depois retorna para a garganta do animal, que fica ruminando. Até agora, o gás tem sido desperdiçado.
"Nós poderíamos usar a energia para melhorar o metabolismo das vacas", avalia. A idéia é fazer com que elas utilizem metano para produzir glucose ao invés de liberar o gás ao vento. Isto deverá ajudá-las a produzir mais leite. "As pílulas farão com que substâncias microbióticas sejam dissolvidas lentamente no estômago da vaca durante meses", afirma o professor.
Ao longo dos últimos 50 anos, a concentração de metano na atmosfera aumentou seis vezes. Com o aumento do consumo de carne, deve crescer ainda mais rápido.

Fonte: The Guardian/ CarbonoBrasil

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