Os poderes do gengibre

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Trata problemas digestivos, circulatórios e dores articulares. É saboroso. Conheça o gengibre e aprenda a introduzi-lo nos seus hábitos alimentares.

Com folhas em forma de lança e raízes com aspecto característico e inconfundível, o gengibre é uma planta ancestral que, devido às suas propriedades, se diz ser oriundo do Jardim do Éden. Zingiber deriva de uma palavra de origem Sânscrita que significa “forma de chifre”, em referência às protusões na raiz da planta.

Nativo da Ásia, cresce ao longo dos trópicos, em especial entre a Índia e a China, sendo a sua propagação feita através da divisão da raiz. Desenvolve-se bem em solos férteis e necessita de muita chuva, chegando a atingir 1,2 metros. O seu rizoma é retirado ao fim de 10 meses. Depois de lavado é posto de molho, sendo por vezes fervido e pelado.

Utilizado como especiaria devido ao seu aroma e sabor muito característicos, a raiz de gengibre é também usada medicinalmente com diversos fins. Rica em óleo essencial (2 a 3%) como o zingibereno, geraniol e linalol, possui ainda substâncias que lhe dão um sabor acre e picante: os gingeróis e soagóis (presentes na fracção resinosa), amido (60%), lecitinas, proteínas e sais minerais. Devido à natureza dos seus constituintes, o gengibre tem uma acção estimulante da secreção salivar e gástrica, aumentando o tónus da musculatura intestinal e o peristaltismo, sendo estas acções atribuídas às substâncias picantes. Além desta acção, o gengibre é também um excelente antiemético natural no combate aos enjoos das viagens. Tem ainda um efeito positivo em situações de problemas respiratórios (gripes e constipações), como excelente antiséptico e anti-inflamatório. Devido às suas características pungentes (picantes), o gengibre é também um estimulante circulatório, podendo ajudar em casos de frieiras e má circulação nas mãos e nos pés.

Utilização e aplicações medicinais

Quer como aperitivo, antiemético, no combate aos enjoos ou nas afecções respiratórias, a raiz de gengibre tem de facto revelado, quer pelos estudos científicos, quer pela utilização tradicional, ser uma óptima ajuda em diversos casos. A Comissão E* aprovou a sua utilização em problemas dispépticos e na prevenção de sintomas da cinetose (tonturas, náuseas, eventualmente vómitos, palidez e suor que podem ser causados por veículos em movimento).

Já no que respeita à administração do gengibre nos enjoos da gravidez, a Comissão E* não a recomenda. No entanto, não existem evidências que as doses terapêuticas mencionadas pela Comissão E* para a actividade anti-nauseante produza algum tipo de efeito perigoso, quer para a mãe, quer para o feto. Pensa-se que esta contra-indicação advenha de estudos realizados sobre a utilização de compostos isolados do gengibre.

A medicina tradicional chinesa utiliza amplamente esta planta, incluindo para tratamento dos enjoos da grávida, sem qualquer tipo de advertência. Contudo, e dado se tratar de uma situação especial, é sempre conveniente o aconselhamento médico. Os orientais costumam ainda aplicar compressas de gengibre sobre zonas dolorosas, para aliviar dores articulares e musculares.

Dosagens recomendadas

Quer por cozimento ou infusão, em comprimidos, cápsulas ou tintura, o gengibre pode ser consumido de várias maneiras. Para uma infusão ou cozimento, podem-se adicionar 0,6 a 2g de rizoma de gengibre por chávena. Beber três chávenas por dia. Em comprimidos, a dose será cerca de 500mg de pó três vezes por dia, antes das refeições. Se for utilizada uma tintura, 30 a 50 gotas (1:5) uma a três vezes por dia.

Fonte Revista Performance 17/1/2006




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