As Múltiplas Funções de um Notável Hormônio
da nova terapia de reposição hormonal
O dr. John Lee é filho de médico, estudou em Harvard (onde formou-se com distinção), foi médico da Marinha norte-americana, lecionou clínica médica na Universidade da Califórnia (em San Francisco) e praticou medicina durante 40 anos, como "médico da família" (clínica geral), sendo mais de 30 anos em Mill Valley, na Califórnia.
Tópicos da palestra
* Interessou-se pela medicina preventiva ("não adianta tratar sintomas - é preciso tratar a causa") e depois pela medicina alternativa (especialmente a ortomolecular), com o intuito de pesquisar o desconhecido em medicina.
* As escolas de medicina nos EUA parecem muito com escolas técnicas, onde nenhum brilhantismo é exigido e pouca pesquisa é realizada – o nível de inteligência de um carpinteiro é suficiente – e os alunos são preparados para "regurgitar" as respostas que os professores querem ouvir.
* Poucos são os alunos e os médicos brilhantes – a maioria dos médicos brilhantes está na chamada medicina alternativa (como a ortomolecular).
* O corpo humano é uma espécie de "caixa preta". Ainda há muito a ser descoberto sobre ele. A medicina ainda trata muitas doenças pelo método da tentativa.
* Em 1976 foi confirmado pela Clínica Mayo que o estrógeno não combinado (sem progesterona) é a única causa conhecida do câncer uterino, e nunca deveria ser ministrado a ninguém.
* Por essa época, o dr. Lee tinha pacientes com osteoporose e não podia prescrever-lhes o tratamento padrão (estrógenos) porque essas pacientes tinham doenças para as quais o estrogênio é contra-indicado (câncer da mama, obesidade, diabetes, etc). Ele também notou que mesmo as pacientes que usavam estrogênio continuavam tendo perda óssea.
* O mais famoso livro de referência dos médicos norte-americanos, o Physicians' Desk Reference (PDR) contém 6 colunas sobre efeitos colaterais do estrogênio.
* O estrogênio é usado pelos criadores para engordar gado e porcos mais rapidamente. Ele causa aumento de gordura e retenção de água.
* O estrogênio não aumenta a libido, como se pensava antes. Quem faz isso é a progesterona (na mulher) e a testosterona (no homem).
* Estrogênio (estrógeno) não é um hormônio – é uma classe de hormônio (assim como a palavra maçã – tem as variedades gala, fuji, deliciosa, etc). O três hormônios mais conhecidos desse grupo são a estrona, o estriol e o estradiol. Esses hormônios são as únicas substâncias no organismo humano que contêm fenóis (uma hidroxila ligada a um núcleo de benzeno) e, portanto, são tóxicas.
* O estrogênio causa retenção de cobre e uma conseqüente redução no nível de zinco, que altera as funções do cérebro e provoca irritação, ansiedade e raiva durante a TPM, entre muitos outros efeitos colaterais.
* Situação típica de "predominância estrogênica" (nos EUA): Mulher com mais de 40 anos procura médico dizendo que está ficando "larga" na região do abdome e quadris, perdeu interesse pelo sexo, tem dificuldade de concentrar-se, etc. O médico responde que isso é normal nessa idade, que ela está apenas entrando na menopausa. E receita estrógenos (tratamento padrão). Essa mulher retorna tempos depois dizendo que não melhorou. O médico conclui que receitou pouco estrogênio, e manda aumentar a dose. Mais tarde, a mulher volta alegando que continua "larga" e com todos os sintomas anteriores, além de ter agora sangramentos irregulares e inchaço por retenção de água (todos eles sintomas de excesso de estrógenos). O doutor mantém os hormônios e receita um diurético. Passa-se algum tempo e os exames dessa mulher acusam hiperplasia uterina (proliferação exagerada de células). O médico alerta a paciente de que ela está no início de um processo cancerígeno, e recomenda uma histerectomia (remoção do útero). Tudo isso poderia ter sido evitado se, em vez de estrógenos, o médico tivesse receitado progesterona natural. Porém, a maioria dos médicos não sabe disso. E sua principal referência bibliográfica para esses casos é a literatura distribuída pelos fabricantes de hormônios sintéticos!
* Em 1978, assistiu a uma palestra do Dr. Malcolm Peat, um PhD em bioquímica e que questionava os médicos presentes a um congresso da Sociedade Médica Ortomolecular sobre por que eles não prescreviam progesterona natural a suas pacientes, já que os ovários produzem 2, e não apenas 1 hormônio. Depois do encontro, o dr. Lee procurou o Dr. Peat, que confirmou sua posição e forneceu dados e fontes de referência sobre suas pesquisas.
* Na menopausa o estrogênio não desaparece, a sua produção é apenas reduzida para uns 40 ou 50 por cento do normal. Mas a gordura do organismo continua produzindo estrógenos. Uma mulher obesa na menopausa produz mais estrogênio que uma magra na pré-menopausa.
* Os ovários são inteligentes – eles nunca botaram hormônio no estômago de ninguém. Por que os médicos insistem em ministrar hormônios via estômago? É muito melhor usar cremes transdérmicos.
* Quanto à osteoporose, o estrogênio apenas retarda a perda óssea. A progesterona natural interrompe a perda óssea e reverte essa condição, causando um aumento na densidade óssea, mesmo em mulheres com mais de 70 anos.
* Osteoclastos – são células especializadas que "comem" células ósseas que ficam velhas, cristalizadas e sujeitas a fraturas.
* Osteoblastos – chegam assim que os osteoclastos saem e constroem novas estruturas ósseas, mais densas que antes. Os osteoblastos não possuem receptores para estrógenos. Os únicos receptores que possuem são para progesterona.
* Leite – As vacas não produzem cálcio, cuja fonte é o solo. Melhor usar plantas como fonte de cálcio.
* Há inúmeros casos de mulheres com osteoporose antes da menopausa – portanto, com produção normal de estrógenos. Então como justificar o uso de estrogênio para prevenir a osteoporose?
* A progestina (contida no Primolut®, no Farlutal®, etc) é progesterona sintética – uma molécula alterada quimicamente para poder ser patenteada. Ela não é encontrada na natureza ou em qualquer espécie de animal. Ela até apresenta efeitos da progesterona, mas também apresenta inúmeros efeitos colaterais – é uma substância estranha ao organismo, e tóxica.
* A progesterona é o hormônio principal da gestação (PRO + GESTação). É derivada do colesterol.
* A dose diária ideal de progesterona é de 20 mg a 24 mg, que é a quantidade normalmente produzida pelo organismo, quando não há deficiência, pela mulher que ainda menstrua. [N do T: Para a mulher que não mais menstrua, essa quantidade pode ser bem menor - Veja a versão revisada e atualizada do livro sobre a menopausa, ou clique aqui para ver um resumo desse assunto]
* Principais causas da deficiência de progesterona: Stress, dieta, uso de xenobióticos.
* Xenobióticos são substâncias químicas estranhas a um organismo ou sistema biológico. Neste contexto, referimo-nos aos hormônios sintéticos e que tiveram suas moléculas alteradas (ex.: Primolut®, Farlutal®), bem como aos subprodutos do petróleo, como herbicidas, pesticidas, etc.
* Para funcionar, um hormônio precisa acoplar-se ao seu receptor na célula. Os receptores são estruturas complexas, pré-formadas (tipo proteína), que se combinam com os hormônios pré-programados.
* Depois que um hormônio se combina com seu respectivo receptor, os dois viajam juntos para o núcleo da célula, cromossomos e DNA, onde ativarão o gene que irá produzir o efeito para o qual ele está programado a produzir quando receber esse hormônio.
(Ver Nota do Tradutor no final deste artigo)
* O Dr. Lee atendeu muitos jovens que haviam desenvolvido ginecomastia (crescimento excessivo da glândula mamária no homem). Ao serem informados de que isso era causado por uma substância encontrada na maconha (o THC, um xenobiótico), os garotos logo largavam o hábito, pois não agüentavam a gozação dos seus amigos....
* Logo que descobriu as múltiplas funções da progesterona e a abordagem equivocada quanto ao uso de estrógenos na terapia de reposição hormonal, o Dr. Lee passou a prescrever creme transdérmico com progesterona natural às suas pacientes e cortou os estrógenos, passando a monitorar os resultados de forma sistemática.
Sem hormônios | Perda de 4.5% de densidade óssea |
Tomando estrógenos | Sem alteração |
Tomando progesterona | Ganho de 15% de densidade óssea |
* Em pouco tempo elas também melhoraram a pele, o cabelo, a libido, a concentração mental e passaram a perder o excesso de peso quando faziam exercícios (o que antes não acontecia).
* Após 5 ou 6 meses usando progesterona, desaparecem as dores do tipo mialgia. Baixos níveis de progesterona levam a dores recorrentes, causadas pela degeneração da bainha de mielina, que protege a célula nervosa..
* Existem extensas pesquisas sobre o uso da progesterona, inclusive para tratamento de artrite reumatóide. Há relatos de pesquisadores que injetaram progesterona em juntas e tiveram resultados melhores que com o tratamento usual.
* A progesterona natural é usada em cosméticos há décadas. Os cremes que a contêm são facilmente encontráveis e são vendidos sem receita médica, a preços razoáveis.
* A progesterona é lipossolúvel (solúvel na gordura) e não hidrossolúvel (solúvel em água).
* Por ser lipossolúvel, quando é produzida pelos ovários a progesterona é revestida por uma camada de proteína, a fim de que se torne solúvel no plasma. Quando é absorvido em forma de creme, o hormônio entra na gordura e também é revestido de proteína. O problema é que, por estar agora revestida por uma capa de proteína, essa molécula de progesterona não é mais biologicamente ativa (apenas de um a nove por cento são reagentes). Então não aparece nos exames (e a maioria dos médicos não se dá conta disso).
* "Progesterona Natural" é um termo farmacológico e não significa algo que exista ou possa ser tirado diretamente da natureza (exceto a progesterona produzida pelo próprio organismo, é claro). A progesterona natural pode ser obtida a partir do inhame silvestre mexicano [algo parecido com o "cará", no Brasil] ou da soja, mas precisa passar por um laboratório. A expressão "progesterona natural" significa que a sua molécula é idêntica àquela produzida pelo organismo humano. Então por que não é feita pelos grandes laboratórios multinacionais? Porque ela não pode ser patenteada – é uma substância produzida pelo corpo humano e pode ser reproduzida por qualquer profissional do ramo.
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