Pesticidas podem causar mal de Parkinson, diz pesquisa
Um estudo divulgado por pesquisadores da Universidade de Aberdeen, na Escócia, revelou que a exposição a pesticidas aumenta as chances de se desenvolver o mal de Parkinson.
Os cientistas constataram que pessoas que têm muito contato com as substâncias tóxicas têm 39% mais chances de contrair a doença degenerativa, enquanto que nas que sofreram baixa exposição o risco é de 9%.
A pesquisa, publicada na revista científica Occupational and Environmental Medicine, investigou 959 casos de parkinsonismo, um termo genérico que define uma série de doenças que têm em comum a presença dos sintomas de Parkinson - como desequilíbrio, tremores nos braços e nas mãos, além de dificuldades ao falar e se movimentar.
Os voluntários responderam a questionários sobre estilo de vida e se são expostas freqüentemente a produtos químicos, como solventes, pesticidas, ferro, cobre e manganês. O estudo também incluiu questões sobre histórico familiar e consumo de tabaco.
Fator genético
As respostas foram comparadas com as de outros entrevistados da mesma idade e sexo, mas que não sofriam da doença. Os resultados revelaram que - mesmo levando em conta que o fator genético ainda é a principal causa do problema neurológico - a exposição a pesticidas agrava a incidência da doença.
Para o líder da pesquisa, Finlay Dick, "o estudo mostrou que quanto maior a exposição a pesticidas, maior a chance de se contrair Parkinson".
"Isso não prova que os pesticidas necessariamente causem a doença, mas deixa clara a evidência da ligação entre uma coisa e outra", acrescenta o pesquisador.
Outros estudos já haviam sugerido que o contato com as substâncias tóxicas aumenta a incidência do mal de Parkinson depois que agricultores manifestaram a doença.
Os estudiosos da Universidade de Aberdeen ainda constataram que lutadores de boxe têm 35% mais chances de contrair Parkinson devido aos traumas cranianos repetitivos.
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