Estudo revela que consumo exagerado de carnes vermelhas ou de carne processada pode aumentar o risco de câncer
Os pesquisadores analisaram a dieta e o histórico de saúde de 494 mil pessoas com idades entre 50 e 71 anos. Aqueles que consumiam mais carne tiveram, ao longo de oito anos, 25% a mais de chances de serem diagnosticados com o câncer colorretal. Em relação ao câncer de pulmão, esse aumento foi de 20%. Eles afirmam que um em cada dez casos de câncer de pulmão e de intestino poderia ser evitado se as pessoas diminuíssem a ingestão de carnes vermelhas, carnes defumadas, presunto, salsichas e bacon. O estudo também encontrou associação positiva entre o consumo elevado de carnes vermelhas e processadas e um maior risco para câncer de esôfago e de fígado.
Relatório do Fundo Mundial para Pesquisa do Câncer deste ano alertou que a carne vermelha é um dos principais fatores para o aparecimento da doença. A recomendação é que as pessoas parem de comer carne processada e limitem a ingestão de carne vermelha para até três bifes de 170 gramas por semana.
Os cientistas acreditam que a carne vermelha possui substâncias que podem aumentar a síntese de DNA e a proliferação celular, afetam o metabolismo hormonal, promovem danos aos radicais livres e produzem aminas heterocíclicas carcinogênicas, podendo desencadear o processo cancerígeno. Estas substâncias são: nitrosaminas – que requerem a ativação metabólica para se converter em formas carcinogênicas; nitrosamidas - que não requerem esta ativação; além de sais, nitratos, nitritos, ferro heme, gorduras saturadas e estradiol.
Os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento de câncer nos Estados Unidos são o cigarro e a obesidade. Entretanto, entendendo a complexa interação entre dieta, fumo e obesidade, assim como a maneira como são metabolizados alimentos específicos e nutrientes, poderemos entender melhor como prevenir o câncer.
Fontes: PLoS Medicine
12 de dezembro de 2007
Comentários