Atrazina provoca mudança de sexo em sapos
Já anteriormente nos tínhamos referido à atrazina e falado dos problemas que cria, especialmente nas doenças que pode provocar em crianças como defeitos congénitos, mas há mais. Um estudo recente da University of California-Berkeley (UC-B), demonstrou que a exposição prolongada a baixos níveis de atrazina provoca a mudança de sexo em sapos/rãs. As rãs foram expostas ao herbicida tóxico em níveis de 2,5 partes por bilião (ppb) na água, um nível que é 16 por cento menor do que a E.U. Environmental Protection Agency (EPA) considera seguro para beber água. Um em cada dez rãs macho acabou se transformando numa rã fêmea.
Tal como outros pesticidas e toxinas ambientais, a atrazina interfere com as hormonas. É um disruptor endócrino que parece substituir a testosterona, a principal hormona masculina, por estrógeno, a hormona feminino. O resultado é uma alteração grave da função normal do sexo masculino que pode realmente transformar um macho numa fêmea.
"Os efeitos da atrazina a longo prazo têm demonstrado demasculinização ou castração química, e a feminização completa de alguns animais", explicou Tyrone Hayes, um biólogo e herpetólogo da UC-B, que liderou o estudo.
A coisa surpreendente sobre os sapos que sofreram a mudança de sexo foi que realmente começarem a produzir ovos viáveis. Os sapos machos que viraram fêmeas foram capazes de copular com machos e naturalmente produziram ovos. Nos outros 90 por cento das rãs machos expostos à atrazina diminuiu a contagem de espermatozóides, diminuição da libido e da fertilidade.
De maneira típica, alguns fabricantes de atrazina foram rápidos em contestar os resultados.
"Nós não vimos este tipo de resultados que relata o Dr. Hayes. Alguns desses estudos são mal conduzidas e são totalmente inconsistentes", explicou Keith Solomon, um toxicologista ambiental da Universidade de Guelph, em Ontário, Canadá. Salomão também actuou como consultor para a Syngenta.
O cientista principal da Syngenta, Tim Pastoor, explicou numa entrevista à CNN que os níveis de atrazina dentro das diretrizes da EPA são seguras, e que a pressão política é responsável por esforços para ravaliar aatrazina.O site da Syngenta também diz que o resíduo de atrazina nas culturas e na água não são um risco para a saúde.
No entanto, de todos os estudos disponíveis sobre a atrazina, apenas os dos fabricantes, mostram que o pesticida é seguro. Todos os outros estudos independentes e opiniões encontraram riscos significativos associados. A atrazina tem sido continuamente mostrada como causadora de cancro, defeitos de nascimento, e desregulação endócrina grave.
Em Portugal e no Brasil ainda se usa atrazina como podem ver em artigo anterior.
Em Portugal a empresa Bayer continua a vender herbicidas com atrazina como o Graminex e o Lasso MT nomeadamente para ser utilizado em culturas de milho.
Pode remover a atrazina da água em casa, com filtros de carbono, e alguns sistemas de água municipais usam a tecnologia também. É importante investigar e tomar as medidas adequadas para assegurar que a atrazina não entra em sua casa através da água.
Idealmente, os pesticidas perigosos, como atrazina acabar-ao por ser eliminados do uso agrícola. Quando as pessoas se tornarem mais conscientes das graves consequências negativas de tais venenos para a sua saúde e bem-estar, para não falar no meio ambiente, só se pode esperar que um aumento da pressão para impedir a sua utilização vai acontecer. E embora não se possa dizer com certeza, a atrazina tem provavelmente um efeito semelhante sobre os seres humanos como acontece com as rãs, e não deve ser considerado seguro em nenhum nível.
Referencias:
Ethan A. Huff, Common herbicide used on U.S. crops castrates male frogsb - Natural News . access on 29 May. 2010 Baker, S. Serious birth defects linked to the agricultural chemical atrazine - Natural News . access on 22 Feb. 2010.
E-escola O herbicida atrazina - access on 22 Feb. 2010.
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MONSANTO, BRASIL - Boxer - access on 22 Feb. 2010.
PEIXOTO, Maria de Fátima da Silva Pinto et al . Degradação e formação de resíduos ligados de 14C-atrazina em Latossolo Vermelho Escuro e Glei Húmico. Sci. agric., Piracicaba, v. 57, n. 1, Mar. 2000 . Available from <Scielo>. access on 22 Feb. 2010.
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