SUBSTITUIÇÃO DE ALIMENTOS CRUS POR COZIDOS



Experiéncias significativas

O efeito da substituiçào de alimentos crus ou frescos por alimentos cozidos foi muito discutido e levou a grandes divergências e a normas de nutrição bastante extremadas e estritas. Especialmente, causaram notável impressão os en- saios sobre comida cozida de Mc Carrison e de O. Stiner, dando lugar a numerosas comprovações.
Mc Carrison alimentou macacos com a sua comida habitual, mas cozida numa panela a vapor. A consequência foi uma redução na actividade das glãmdulas de secreção interna, o aparecimento de úlcera do estomago ou intestino, a inflamação do intestino grosso e, finalmente, a caxequia e a morte.
O. Stiner (do Ministério Federal da Saúde Suiçol alimentou coelhos nas mesmas condições que o anterior. A consequência foi que os animais adoeceram de cárie, inflamação das glãndulas salivares, bócio, anemia, escorbuto e alguns deles de cancro do pulmão. Se a estes alimentos cozinhados se acreseentassem, para cada animal, dez centímetros cúbicos de leite pasteu- rizado, também adoeciam de artrite deformante. Estas e muitas outras experièncias parece que vém demonstrar o efeito tão prejudicial da arte culinária sobre a saúde.

Caracteres prejudiciais da moderna nutrição

Para podermos conhecer os múltiplos efeitos da alimentação, temos de estabelecer as características predominantes da nossa alimentação:
Substituição do consumo de farinha de cereal por pão e batatas.
Substituição de alimentos crus por alimentos cozidos.
Substituição da comida dura por mole.
Substituição de alimentos naturais por artificiais.
Excesso de proteínas animais.
Excesso de gorduras animais.
Excesso de sal.
Excesso de especiarias exóticas e de produtos químicos que se empregam na apresentação e conservação dos alimentos.
Insuficiência de vitaminas e de hormonas vegetais (auxinas).
Insuficiência de sais minerais e de oligoelementos.
Insuficiência de substãncias estimulantes das paredes intestinais (celulose).
Insuficiência de pigmentos vegetais verdes (clorofila).
A substituição do consumo de alimentos crus pelo de alimentos cozidos, levou, não obstante e de modo inegável, a uma série de consequências prejudiciais. A aplicação do calor destrói, na realidade não só certas vitaminas, como também os fermentos e as substãncias aromáticas convenientes para a digestão. E trata-se de componentes da alimentação dos quais não podemos prescindir para a conservação da saúde.

Efeitos do oxigénio no interior do intestino

Os fermentos que os alimentos vegetais consumidos ao vivo contêm são conservados praticamente no intestino e desempenham serviços especiais no processo digestivo. Assim. por exemplo, os chamados fermentos oxidantes fixam o oxigénio do ar que é tomado continuamente com a comida, e depois não pode permanecer corno tal no interior do intestino. As bactérias intestinais realizam na ausência do oxigénio o metabolismo com 1/25 das calorias de que necessitariam sob os efeitos de uma maior oxigenação. Depois de aturadas investigações, o Prof. Kolath chegou à conclusão de que com um regime alimentar em que predomina a carne e sob os efeitos do oxigénio sumamente abundante, ainda no retro, as matérias corantes biliares dão aos excrementos o seu corrente colorido pardo, ao passo, que quando o oxigénio falta no intestino, devido à alimentação vegetal crua, a deposição apresenta uma cor amarelada clara. Disto se pode concluir o efeito deste fenómeno no homem, e embora não se tenha investigado, pode afirmar-se como certo que «uma atrnosfera no interior dos intestinos sem conter oxigénio permite uma considerável redução na quantidade de alimentos sem que, por isso, o homem fique mal alimentado». 

Por isso, um regime rico em alimentos vegetais crus constitui um sistema de nutrição conservador e tónico, pelo menos no que diz respeito ao intestino. 

Por outro lado, é logicamente forçoso que um regime de carne cozida, e por consequência, com um interior intestinal rico em oxigénio, no qual as bactérias intestinais utilizam 25 vezes mais as energias para as suas próprias necessidades, se produza o contra-senso de que o homem alimente antes as suas bactérias intestinais do que se alimente a si mesmo.

in A SAÚDE PELOS ALIMENTOS - Dr. E. SCHNEIDER - 1977 - Publicadora Atlãntico S.A.R.L.

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