Stévia

Dr Roberto Cesar Leite



A stévia é uma planta da família das margaridas. Sua folha possui um gosto muito doce. Seu princípio doce, o glicosídeo, foi primeiramente isolado na Alemanha em 1908. Mas, já era usada anteriormente por índios Guaranis devido a suas propriedades medicinais.

Hoje em dia, tem sido usada também como adoçante natural.



ORIGEM DA STÉVIA

STÉVIA

FORMAS PRESENTES NO MERCADO

Retenção de Água

Contra-Indicações

ADUBO

ADOÇANTE NATURAL

AÇÚCAR

RECEITAS COM STÉVIA

Suco de Morango e Abacaxi

Pão de Banana

Pão de Trigo e Mel Básico

Biscoitos Amanteigados Doces

Bolo de Cenoura





ORIGEM DA STÉVIA

O uso da stévia para melhorar o sabor de alimentos e bebidas começou há séculos atrás, nas Florestas Tropicais do Paraguai e do Brasil, habitadas pelos índios Guaranis. É amplamente conhecida e usada na Coréia, Tailândia, China e Japão.

Os primeiros estudos com stévia foram publicados já em 1800. A primeira descrição da stévia foi publicada em 1899, pelo Dr. Moisés Santiago Bertoni do Paraguai.

De acordo com o folclore, os índios Guaranis do Paraguai usam esta erva há 2000 anos. Estima-se que no século passado, muitos usuários consumiram 5 a 10 gramas diárias de stévia na erva-mate quente e no café. Apesar do uso desta quantidade significativa, não foi relatado nenhum resultado nocivo da ingestão continuada da stévia.

No Japão a stévia está sendo usada como adoçante natural há 30 anos e também não apresentou efeitos colaterais, nem efeitos contraceptivos como os descritos mais abaixo.

O glicosídeo, princípio doce da stévia, foi primeiramente isolado na Alemanha por P. Rasenack, em 1908. Em 1921, um encontro na Dinamarca foi o início do interesse crescente pela stévia.

Quando os Guaranis descobriram as numerosas propriedades curativas da stévia, passaram a considerá-la um tesouro sagrado.

Era usada para refrescar a boca e para reduzir o gosto acentuado da erva-mate. Relata-se que os paraguaios usavam stévia para adoçar bebidas alcoólicas e para melhorar o gosto do tabaco. Também preparavam pequenas cápsulas que o curandeiro da tribo dava a todas as pessoas com fadiga física e emocional ou o que nós conhecemos hoje como diabetes. Também aprenderam rapidamente sobre sua ação tônica sobre o estômago – algumas folhas em água quentes traz alívio para um estômago sobrecarregado, em apenas alguns minutos.

Aprenderam que em casos de apatia, letargia e tontura, a ingestão do líquido de stévia concentrado (retirado da cocção das folhas de stévia, possuindo coloração marrom e intensamente doce), restauraria energia e alerta mental.

Começaram a aprender que este mesmo líquido poderia curar quase todos os tipos de cortes e dores do corpo e lábios, inclusive dentro da boca e tinha um tempo de validade de anos. Também aprenderam que poderia ser usado para curar numerosos tipos de problemas de pele, até mesmo suavizando a pele e reduzindo rugas.

A stévia pode ser cultivada a partir de mudas da “planta-mãe”, já que eles aprenderam que as sementes tornam-se rapidamente inférteis.



STÉVIA

É uma planta da família das Compositae (margaridas), produzindo pequenas flores brancas. O dulçor das pequenas folhas, em forma de lança, dependem das horas de exposição solar da planta. Mas, uma vez que a planta floresça, o dulçor das suas folhas diminuem significativamente. Portanto, a oportunidade de colher folhas de qualidade máxima é relativamente curta. O agricultor deve escolher entre produzir folhas de qualidade e colher sementes.

A planta é delicada e requer cuidados do momento do plantio até o dia da colheita. Temperatura, umidade, métodos de cultivo e freqüência da irrigação são críticas na sua sobrevivência. Apesar de crescer bem em outras partes do mundo, cresce melhor no clima quente e úmido dos sub-trópicos. A China é, atualmente, o maior produtor de stévia, porém suas folhas não são tão doces como as folhas da América do Sul. Isto também pode estar relacionado com a poluição do ar e deficiência do solo da China. Na América do Sul o ar é mais puro, o solo e água não são tão poluídos e os dias repletos de sol são longos e úmidos.

Um cultivo em casa pode ser difícil para principiantes, e dificilmente produzirão folhas de alta qualidade.



O que faz a stévia ser tão atraente como um adoçante é que estudos demonstraram que o corpo humano não digere, nem metaboliza este glicosídeo intensamente doce. Ele não se modifica durante a passagem no trato gastrointestinal, sem ser assimilado. Assim, não obtemos calorias da stévia pura e de todos as formas de consumo, possuindo um índice glicêmico igual a zero.

Apesar disso, as folhas de stévia são altamente nutritivas, contendo vários nutrientes deficientes na alimentação diária, entre eles:

- sais minerais como: Alumínio, Cálcio, Cromo, Cobalto, Flúor, Ferro, Magnésio, Manganês, Fósforo, Potássio, Selênio, Sódio, Estanho, Zinco;

- vitaminas como: Ácido ascórbico (vitamina C), Beta-caroteno (precursor vitamina A), Niacina, Riboflavina, Tiamina (vitaminas do complexo B);

- outros: cinza, Astroinulina, Dulcosídeos, Fibra, Rebaudeosídeo, Silicone, Steviosídeo e água;

- glicosídeos diterpeno, inclusive um flavonóide chamado Rutina;

- óleo essencial com 53 componentes, incluindo óleo de cânfora e limoneno;

- flavonóides como Apigenina, Luteolína, Kaempherol, Quercitrina e Quercitina;

- steviol (alguns estudos referem que este steviosídeo age como um hormônio do crescimento, estimulando o crescimento de certas plantas e vegetais);

- vitamina K: apesar de não estar presente na lista, ela está presente nas folhas, pois é produzida pelas folhas das plantas verdes, durante o processo de fotossíntese;

- clorofila: também falta na lista, mas está presente em todas as folhas e plantas verdes e, conseqüentemente, na stévia também.

Apesar de alguns destes nutrientes talvez não estarem presentes em quantidades suficientes para produzir o efeito terapêutico sozinho, em conjunto, podem produzir efeitos interessantes.



Lista de problemas onde a Stévia pode ajudar:

- alteração do metabolismo dos carboidratos (diabetes ou hipoglicemia), inclusive para controle do apetite e do peso

- hipertensão

- baixa imunidade (melhora de gripes e resfriados)

- jet-leg e mal-estar geral

- fadiga

- queimaduras

- cortes (sem deixar cicatriz)

- dor

- problemas de pele

- sangramento de gengivas e higiene dental

- cicatrização de herpes labial

- desconfortos digestivos

- dor de garganta

- rugas faciais e controle da acne

- energia mental e física

- reduzir desejo de fumar

- inibidor do crescimento, e até mesmo a destruição de certos vírus e bactérias nocivas (inclusive bactérias orais)



FORMAS PRESENTES NO MERCADO

1) Folhas: são usadas para adocicar água, chá, outras bebidas, sopas, molhos e outros alimentos. Refrescam a boca, sendo apenas colocadas na língua – o frescor e limpeza sentidos podem durar horas. Também podem ser usadas em substituição às folhas do tabaco. Caso não encontre folhas de stévia, pode-se usar as folhas dos saquinhos de chá de stévia. Para obter uma máxima sensação de gosto, não se deve mastigar as folhas inteiras, pois libera componentes amargos (apesar de serem amargos, também tem constituintes terapêuticos). Ao contrário do tabaco, se as folhas forem engolidas, não são nocivas, mas terapêuticas.

2) Folhas moídas: você pode salpicar as folhas moídas sobre a comida, como se estivesse usando um outro tempero. Mas, aplique pouco, pois é mais fácil adicionar mais acaso precise. Adicione-as durante o cozimento ou quando a comida ainda estiver quente, pois o sabor doce é liberado mais facilmente quando a stévia é aquecida. Podem ser usadas em molhos de churrasco, molho agridoce, sopas, feijões, pizza, molho de maçã, pães, massa de biscoitos (ou salpicados sobre o pão e biscoitos), em saladas, temperos de saladas, etc..

3) Chás em Saquinhos: podem ser usados para fazer uma bebida deliciosa e altamente nutritiva. 1 saquinho pode adoçar 2 a 6 copos de água ou outra bebida de gosto suave, dependendo do gosto desejado. Pode ser usado em bebidas quentes ou frias, porém nas bebidas frias leva mais tempo para liberar o glicosídeo doce da stévia. Para bebidas frias, é aconselhado fazer primeiro o chá de stévia e, após 3 ou 5 minutos, adicione gelo para acelerar esfriamento. Quando frio, então, adicione o chá ou concentrado a outras bebidas, como desejar. O concentrado doce também pode ser reservado em geladeira e usado aos poucos. Se usarmos bebidas adoçadas com stévia, isto irá reduzir o desejo das crianças por doces, ao mesmo tempo em que reduzirá o potencial para desenvolvimento de cáries, pois melhora a higiene oral. Observe que o preparo de chá ajuda na esterilização das folhas, que podem estar transportando bactérias.



















Retenção de Água

Stévia é um diurético natural e suave. O excesso de água no organismo pode aumentar o peso, a fadiga física, a pressão arterial, enquanto pode reduzir a habilidade mental e digestão efetiva. A stévia ajuda o organismo a eliminar este excesso de água.



Contra-Indicações

Pelo que se sabe, nunca foi relatado nenhum efeito colateral do uso continuado de stévia, podendo ser usado como desejado, para dar sabor e adoçar os alimentos.



ADUBO

Todas as folhas de stévia podem ser usadas como adubo nas plantas de jardins ou vasos.



ADOÇANTE NATURAL
O extrato doce da stévia é chamado steviosídeo.

Folhas de boa qualidade podem ser 30 vezes mais doces que o açúcar e os glicosídeos, ou seja, os vários constituintes doces da stévia, podem ser 250 a 400 vezes mais doces que o açúcar e não possuem calorias.

As folhas de stévia liberam seu dulçor mais rapidamente em água quente e mais lentamente em água fria.

Pode ser adicionado à inulina ou frutooligossacarídeos encontrados na chicória, que são alimento para a flora intestinal benéfica.

Convém lembrar que uma vez que a planta floresça, o dulçor das suas folhas reduz.

As folhas usadas devem ter cor verde (não marrom) e conter pouco ou nenhum caule. As folhas comercialmente encontradas variam de acordo com o seu dulçor: de 15 a 30 vezes mais doce que o açúcar. Quando o poder adoçante for menor que isso, pode ser problema de pó sobre as folhas.

Ao comprar folhas de stévia, faça uma inspeção de qualidade: cheire-as e não poderão cheirar como sujas; experimente uma folha, colocando-a sobre a língua, sem mastigar para não liberar os componentes amargos – no começo o sabor será quase imperceptível, mas à medida que sua saliva começa a agira sobre a folha, o sabor doce irá ser sentido, tornando-se mais profundo nos próximos minutos.

Foi adicionada a alguns chás como “folha de mel”, para não escrever “chá doce” com o receio de questionamento do FDA.

Sendo substituto da sacarina, têm as seguintes vantagens:

- não é tóxica, mas, pelo contrário, é saudável, como mostrado em experiências e estudos;

- é um agente adoçante de grande poder;

- pode ser usado diretamente no seu estado natural (pó das folhas, por exemplo)

- muito mais barato que a sacarina.



O Japão usa a stévia como adoçante desde 1970 e depois de todo este consumo de stévia, nunca foi relatado um caso de efeito colateral com ingestão normal de stévia ou steviosídeo.



AÇÚCAR

O açúcar é uma substância que engana o cérebro devido a sua rápida conversão em glicose no nosso corpo. O açúcar é, ao mesmo tempo, força e fraqueza do nosso corpo. Glicose é o combustível do nosso cérebro e corpo. Quando consumimos muito dele e utilizamos pouco, ele vai se acumular no nosso corpo, causando problemas nos nossos órgãos e tecidos.

Um estudo na Turquia revelou que, com o avanço da idade, o açúcar não tem mais um gosto tão doce e 45% das mulheres do estudo revelaram que passaram a comer mais alimentos doces como resultado desta mudança. O uso de substitutos para o açúcar pode ajudar.



RECEITAS COM STÉVIA

Devido a stévia ser extremamente doce e não ter gosto idêntico ao açúcar, você deve aprender a cozinhar com ela nas suas diferentes formas, que variam de 30 a 300 vezes mais doce que o açúcar. É estável em temperaturas extremas e ácidos. É compatível a frutas ácidas e bebidas, inclusive limões e laranjas.

Não apenas melhora o gosto de alimentos e bebidas, mas também nutre o pâncreas e ajuda a manter os níveis normais glicemia (açúcar no sangue) e pressão sangüínea. Pode ajudar a destruir bactérias orais nocivas, reduzindo cáries e parando com sangramentos de gengiva.

Fonte: http://www.ceunossasenhoradaconceicao.com.br/saude/stevia.asp

Comentários

Postagens mais visitadas