Fungos que comem radiação encontrados dentro de Chernobyl
"A vida encontra um caminho" é uma citação muito famosa do filme Jurassic Park. Num verdadeiro testemunho disso, os cientistas descobriram um tipo de fungo preto que come radiação dentro do reator nuclear de Chernobyl.
A presença desses fungos estranhos foi encontrada em 1991, quando os cientistas os notaram crescendo nas paredes do reator. Outras pesquisas finalmente chegaram à conclusão de que não só os fungos eram imunes à radiação, mas também são atraídos por ela.
Pesquisas ao longo de décadas mostraram que esses fungos tinham grandes quantidades de melanina – um composto que é encontrado na pele para protegê-lo da exposição ultravioleta. Negro é o tom de pele geralmente atribuído a uma maior presença de melanina.
Um artigo de 2008 de Ekaterina Dadachova observa que pode haver outros organismos também capazes de consumir radiação. O seu trabalho fala sobre esporos fúngicos altamente melanizados encontrados no início do período Crectáceo. Diz-se que durante este período a Terra estava cruzando o zero magnético e não tinha ainda escudo contra a radiação cósmica ativa.
O fungo é chamado cientificamente como Cryptococcus neoformans. A melanina absorve radiação e transforma-a em energia química. O processo também é chamado de radiosíntese.
O fungo é chamado cientificamente como Cryptococcus neoformans. A melanina absorve radiação e transforma-a em energia química. O processo também é chamado de radiosíntese.
Fungos como este mostram que a vida pode existir mesmo na situação mais extrema. Destaca a possibilidade da existência de organismos em zonas de radiação em todo o universo desconhecidos por nós. Pesquisadores também estão analisando maneiras pelas quais os fungos podem ser usados para proteger os astrônomos da radiação cósmica
Tradução e adaptação de Luis Guerreiro.
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