Fome Mundial - Programa Alimentar Mundial
Fome Mundial - Programa Alimentar Mundial
lança o mais grave alerta desde a sua criação
lança o mais grave alerta desde a sua criação
EPA - Os peritos da ONU sublinham que a ameaça da fome é também uma ameaça à segurança mundial.
A escalada nos preços dos produtos alimentares vai tornar ainda mais difícil a vida de pelo menos 100 milhões de africanos dos países mais pobres. As Nações Unidas comparam a situação com o tsunami que há quatro anos fez 220 mil mortos na costa asiática.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) refere-se ao crescente encarecimento mundial dos alimentos como um "tsunami silencioso" e pede um reforço nas ajudas internacionais para enfrentar aquele que considera "o maior desafio da sua história".
O alerta surge num comunicado da directora do PAM, Josette Sheeran, que participa em Londres numa cimeira sobre os preços alimentares organizada pelo próprio primeiro-ministro Gordon Brown. "Trata-se do novo rosto da fome. Milhões de pessoas que há seis meses não estavam numa situação de necessidade urgente fazem hoje parte desse grupo", sublinhou a directora do PAM, que assim confirma as conclusões do Banco Mundial.
Josette Sheeram fez um apelo dramático à comunidade internacional, dizendo que a resposta a dar à actual crise deve envolver um movimento semelhante ao que o Mundo colocou em marcha aquando dos trágicos acontecimentos de 2004, com um tsunami a semear a destruição em 12 países banhados pelo Índico. Nesse sentido, a directora do PAM pede "uma acção de alto nível e em larga escala" por parte da comunidade internacional. Um apelo semelhante já havia sido desencadeado pelo Banco Mundial, que, durante a sua Assembleia de Primavera nos dias 12 e 13 deste mês falou na urgência de um esforço massivo concertado à escala internacional.
À partida para a reunião de Londres, Downing Street coloca-se como objectivo lançar as bases de um plano internacional para fazer face ao encarecimento dos alimentos. As conclusões serão apresentadas no encontro dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia, em Junho, e na reunião do G8, marcada para o mês de Julho.
O alerta surge num comunicado da directora do PAM, Josette Sheeran, que participa em Londres numa cimeira sobre os preços alimentares organizada pelo próprio primeiro-ministro Gordon Brown. "Trata-se do novo rosto da fome. Milhões de pessoas que há seis meses não estavam numa situação de necessidade urgente fazem hoje parte desse grupo", sublinhou a directora do PAM, que assim confirma as conclusões do Banco Mundial.
Josette Sheeram fez um apelo dramático à comunidade internacional, dizendo que a resposta a dar à actual crise deve envolver um movimento semelhante ao que o Mundo colocou em marcha aquando dos trágicos acontecimentos de 2004, com um tsunami a semear a destruição em 12 países banhados pelo Índico. Nesse sentido, a directora do PAM pede "uma acção de alto nível e em larga escala" por parte da comunidade internacional. Um apelo semelhante já havia sido desencadeado pelo Banco Mundial, que, durante a sua Assembleia de Primavera nos dias 12 e 13 deste mês falou na urgência de um esforço massivo concertado à escala internacional.
À partida para a reunião de Londres, Downing Street coloca-se como objectivo lançar as bases de um plano internacional para fazer face ao encarecimento dos alimentos. As conclusões serão apresentadas no encontro dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia, em Junho, e na reunião do G8, marcada para o mês de Julho.
PAM pede acréscimo de 476 milhões de euros nas ajudas
A braços com aquele que tem como maior desafio desde a sua criação, o programa das Nações Unidas anunciou na passada semana a revisão em alta do seu apelo de urgência aos países doadores, pedindo agora 756 milhões de dólares (476 milhões de euros) suplementares. A Comissão Europeia já respondeu a este apelo e anunciou uma ajuda suplementar de 117 milhões de euros para fazer face à penúria de produtos alimentares e à subida do preço dos géneros agrícolas.
O orçamento de Bruxelas para o PAM em 2008 sobe assim para os 283 milhões de euros, evidenciando bem a preocupação da comissão com a situação actual. "O aumento dos preços de bens alimentares de primeira necessidade é um potencial desastre humanitário global", considerou o comissário europeu para o Desenvolvimento, Louis Michel. A Grã-Bretanha também deu resposta ao pedido, indicando que vai desbloquear 30 milhões de libras (37 milhões de euros) de ajuda suplementar. Londres decidiu igualmente disponibilizar 400 milhões de libras (502 ME) de ajuda para a agricultura local dos países pobres durante os próximos cinco anos e 25 milhões de libras (31 ME) para a Etiópia.
A braços com aquele que tem como maior desafio desde a sua criação, o programa das Nações Unidas anunciou na passada semana a revisão em alta do seu apelo de urgência aos países doadores, pedindo agora 756 milhões de dólares (476 milhões de euros) suplementares. A Comissão Europeia já respondeu a este apelo e anunciou uma ajuda suplementar de 117 milhões de euros para fazer face à penúria de produtos alimentares e à subida do preço dos géneros agrícolas.
O orçamento de Bruxelas para o PAM em 2008 sobe assim para os 283 milhões de euros, evidenciando bem a preocupação da comissão com a situação actual. "O aumento dos preços de bens alimentares de primeira necessidade é um potencial desastre humanitário global", considerou o comissário europeu para o Desenvolvimento, Louis Michel. A Grã-Bretanha também deu resposta ao pedido, indicando que vai desbloquear 30 milhões de libras (37 milhões de euros) de ajuda suplementar. Londres decidiu igualmente disponibilizar 400 milhões de libras (502 ME) de ajuda para a agricultura local dos países pobres durante os próximos cinco anos e 25 milhões de libras (31 ME) para a Etiópia.
Paulo Alexandre Amaral, RTP
2008-04-22 17:37:24
http://ww1.rtp.pt/noticias
Mais informações:
http://www.liberation.fr
http://edition.cnn.com/2008
http://news.bbc.co.uk/go/rss/-
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