A utilização frequente de inibidores da bomba de protões (omeprazol, pantoprazol) particularmente indicados nas úlceras pépticas pode levar a um aumento do risco de fracturas da bacia, devido à perda de densidade óssea nessa região, segundo o resultado de um estudo publicado na mais recente edição da revista da American Medical Association (JAMA).
Investigadores britânicos examinaram o receituário de 145 mil pacientes ingleses e concluíram que aqueles que se submeteram a tratamento com inibidores da bomba de protões durante mais de um ano, com doses baixas, tiveram o risco de fractura de bacia aumentado em 44% em comparação aos que não usaram esses medicamentos. Para os que tomaram doses mais elevadas, o risco aumentou 2,5 vezes.
Segundo o estudo, outras classes de medicamentos para estômago também aumentam esses riscos, embora numa escala menor: os antiulcerosos e anti-histamínicos antagonistas dos receptores H2, como a cimetidina e a ranitidina.
A explicação, de acordo com os cientistas, teria a ver com a dificuldade de absorção do cálcio, devido à redução da acidez estomacal provocada pelos fármacos. Menos cálcio significa mais fragilidade óssea e, consequentemente, mais fracturas.
O médico Doug Levine, representante do laboratório AstraZeneca, laboratório responsável pela comercialização de certos medicamentos, afirmou à JAMA que o estudo não prova qualquer relação de causa e efeito entre os inibidores da bomba de protões e as fracturas de bacia. Segundo ele, o estudo simplesmente abre uma luz sobre a associação dessas questões.
MNI- Médicos na Internet
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