'Luz pode acrescentar uma hora a relógio biológico'
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Somos governados por um relógio biológico de 24 horas |
Especialistas afirmam que esta hora extra pode ser útil para astronautas em adaptação para missões mais longas para Marte - onde um dia dura 40 minutos a mais do que na Terra.
A equipe de cientistas, de universidades dos Estados Unidos e da França, testaram o tratamento com luzes em 12 voluntários e foram bem sucedidos.
A pesquisa foi publicada na revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.
Relógio biológico
Muitas espécies, incluindo humanos, têm "ritmos circadianos" naturais, estabelecidos para coincidir com a duração de um dia na Terra.
O contraste entre a exposição à luz do dia e a escuridão da noite seria responsável pelo ajuste deste relógio, que ajuda a garantir que o corpo está trabalhando da melhor forma possível em momentos do dia quando é necessário o máximo de atenção.
Cientistas já sabem que é possível interferir com o "marcapasso" circadiano humano usando o controle de exposição à luz.
O último projeto de pesquisa, dividido entre a Universidade de Lyon na França e a Escola de Medicina de Harvard nos Estados Unidos, tentou descobrir se é possível ajustar estas alterações e obter um resultado mais preciso.
Todos os 12 voluntários que participaram do estudo tinham ciclos que variavam entre 23,5 a 24,5 horas.
Os voluntários do estudo foram fechados em um laboratório por mais de 60 dias para evitar exposição à luz do dia, que poderia interferir na experiência.
Depois de permitir que estes voluntários dormissem e acordassem normalmente por alguns dias, um novo regime foi imposto, com "dias artificiais" produzidos por uma combinação de luz fraca e pulsos de luz brilhantes perto do fim das "horas de vigília".
Depois de 30 dias, os cientistas descobriram que a combinação de luz brilhante e pulsos conseguiu manipular o ciclo circadiano, acrescentando aproximadamente uma hora para o dia de cada voluntário.
"Jet lag, trabalho em turnos diferentes e desordens circadianas como as síndromes das fases do sono avançadas ou atrasadas estão todos associados - de formas diferentes - com um problema em que o sistema circadiano está fora de sincronia com o ciclo de luz/escuridão", escreveram os pesquisadores.
"Nestas situações, o sono e as interrupções no ciclo circadiano poderiam ter conseqüências graves na saúde, competência e segurança de equipes de astronautas."
Os cientistas sugeriram que o "tratamento" com luz poderia ser dado para astronautas em missão em Marte, enquanto eles cuidam de lavouras em momentos apropriados do dia, em um módulo estufa bem iluminado.
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