Morte na latinha
Morte na latinha
Graças à pesca ilegal de atum, milhares de golfinhos morrem presos em redes de pescadores. Enquanto isso, fábricas de atum enlatado usam selos ambientais de segurança aos golfinhos.
O atum é muito associado a golfinhos. Quase todas as espécies desses cetáceos têm o peixe em seus cardápios nutricionais.
Por isso, é muito comum que se encontrem golfinhos
viajando em meio a cardumes de atum. E é muito comum que esses golfinhos acabem presos nas redes de cerco usadas pelos pescadores de atum. Como os golfos não conseguem subir à superfície para respirar, eles acabam morrendo. Trata-se de uma pesca predatória e, portanto, ilegal.
O Earth Island Institute (EII), organização nãogovernamental com sede em São Francisco, na Califórnia (EUA) calcula que 7 milhões de golfinhos morreram presos às redes nas últimas quatro décadas.
Em 1990, o EII regulamentou internacionalmente o selo Dolphin Safe (Seguro para Golfinhos). Este selo é conferido a empresas fabricantes de atum que usam sistemas de pesca que sejam inofensivos aos golfinhos (a pesca feita de forma correta é aquela com redes possuidoras de meios de fuga ou feita com utilização de anzol e isca). Hoje, mais de 300 empresas no mundo têm o selo. Nenhuma delas no Brasil, segundo Mark Berman, diretor assistente do Projeto Internacional de Mamíferos Marinhos do ELL.
No Brasil, não há exigência, proibição ou qualquer tipo de regulamentação quanto ao uso do selo. Conforme afirmativa do chefe de divisão do Departamento de Pesca e Aqüicultura (DPA), do Ministério Francisco Osvaldo Alves Barbosa, isso se deve ao fato do Brasil não utilizar sistemas de pesca com redes de cerco. Segundo ele, a pesca do atum na costa brasileira é feita com isca e anzol, maneira correta. "O selo não existe no Brasil. Nossas águas não têm concentrações suficientes de atum para o uso de redes de cerco, portanto não há justificativa técnica para esse tipo de certificação."
Desde a criação do selo Dolphin Safe, em 1990, a matança
de golfinhos foi reduzida em 97%, segundo o instituto.
A atuação do Sea Shepherd
O Sea Shepherd, organização não governamental que visa
à conservação dos ecossistemas marinhos, sede brasileira, mandou representantes ao Ministério Público dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, exigindo a remoção do selo Dolphin Safe das embalagens de atum enlatado das marcas nacionais. Segundo o Sea Shepherd. o selo está sendo empregado de maneira enganosa por essas empresas, uma vez que não existe nenhum tipo de fiscalização independente das práticas de pesca no Brasil. "As empresas visam agregar valor ao produto de forma enganosa", afirma o relatório da Sea Shepherd. "O consumidor ecologicamente consciente acredita estar comprando um produto de uma empresa que se preocupa com o meio ambiente marinho, mas na verdade está sendo enganado."
A instituição ambientalista exige a retirada do selo das embalagens, até que seja adotado um processo de inspeção independente da pesca do atum.
Saiba Mais em http://www.seashepherd.org.br/index.html
Graças à pesca ilegal de atum, milhares de golfinhos morrem presos em redes de pescadores. Enquanto isso, fábricas de atum enlatado usam selos ambientais de segurança aos golfinhos.
O atum é muito associado a golfinhos. Quase todas as espécies desses cetáceos têm o peixe em seus cardápios nutricionais.
Por isso, é muito comum que se encontrem golfinhos
viajando em meio a cardumes de atum. E é muito comum que esses golfinhos acabem presos nas redes de cerco usadas pelos pescadores de atum. Como os golfos não conseguem subir à superfície para respirar, eles acabam morrendo. Trata-se de uma pesca predatória e, portanto, ilegal.
O Earth Island Institute (EII), organização nãogovernamental com sede em São Francisco, na Califórnia (EUA) calcula que 7 milhões de golfinhos morreram presos às redes nas últimas quatro décadas.
Em 1990, o EII regulamentou internacionalmente o selo Dolphin Safe (Seguro para Golfinhos). Este selo é conferido a empresas fabricantes de atum que usam sistemas de pesca que sejam inofensivos aos golfinhos (a pesca feita de forma correta é aquela com redes possuidoras de meios de fuga ou feita com utilização de anzol e isca). Hoje, mais de 300 empresas no mundo têm o selo. Nenhuma delas no Brasil, segundo Mark Berman, diretor assistente do Projeto Internacional de Mamíferos Marinhos do ELL.
No Brasil, não há exigência, proibição ou qualquer tipo de regulamentação quanto ao uso do selo. Conforme afirmativa do chefe de divisão do Departamento de Pesca e Aqüicultura (DPA), do Ministério Francisco Osvaldo Alves Barbosa, isso se deve ao fato do Brasil não utilizar sistemas de pesca com redes de cerco. Segundo ele, a pesca do atum na costa brasileira é feita com isca e anzol, maneira correta. "O selo não existe no Brasil. Nossas águas não têm concentrações suficientes de atum para o uso de redes de cerco, portanto não há justificativa técnica para esse tipo de certificação."
Desde a criação do selo Dolphin Safe, em 1990, a matança
de golfinhos foi reduzida em 97%, segundo o instituto.
A atuação do Sea Shepherd
O Sea Shepherd, organização não governamental que visa
à conservação dos ecossistemas marinhos, sede brasileira, mandou representantes ao Ministério Público dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, exigindo a remoção do selo Dolphin Safe das embalagens de atum enlatado das marcas nacionais. Segundo o Sea Shepherd. o selo está sendo empregado de maneira enganosa por essas empresas, uma vez que não existe nenhum tipo de fiscalização independente das práticas de pesca no Brasil. "As empresas visam agregar valor ao produto de forma enganosa", afirma o relatório da Sea Shepherd. "O consumidor ecologicamente consciente acredita estar comprando um produto de uma empresa que se preocupa com o meio ambiente marinho, mas na verdade está sendo enganado."
A instituição ambientalista exige a retirada do selo das embalagens, até que seja adotado um processo de inspeção independente da pesca do atum.
Saiba Mais em http://www.seashepherd.org.br/index.html
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