Você já ouviu falar da batata yacon?





yacon2 - batata yacon
Esta batata tem origem na região dos Andes e vem fazendo sucesso entre os diabéticos.


No Brasil é cultivada pelos japoneses. O alimento tende, segundo seus usuários, a reduzir os níveis glicêmicos.
Parecida com a batata-doce, ela é porosa e tem o sabor que lembra o da pêra. Não é consumida cozida ou frita, mas em forma de salada ou como fruta.
Para consumir é só lavar, descascar e comer crua. Pode-se ainda misturar os pedaços com água e bater no liquidificador. Assim faz um suco nutritivo e pouco calórico.


Trata-se de uma raiz tuberosa que tem sido considerada em alguns países como alimento funcional em decorrência de seu conteúdo de fibras alimentares solúveis e prebióticos -assim como a sua baixa digestibilidade pelas enzimas do trato gastrointestinal humano, razão pela qual promove o estímulo seletivo do crescimento e atividade de bactérias intestinais promotoras da saúde.
Nessa batata, o conteúdo de proteínas e lipídios é baixo e o mineral mais abundante é o potássio (230mg/100g de yacon). O conteúdo do carboidrato inulina (um adoçante natural de baixa caloria) nessa batata é grande, conferindo à mesma um sabor de pera ou melão.
A inulina é tida como um açúcar do bem que tem ajudado no tratamento de diabéticos. Segundo reportagem apresentada pela TV, médicos têm receitado a yacon para os pacientes com colesterol alto e prisão de ventre, pois a batata, no estômago, absorve água e aumenta de volume.
Com isso ela contribui para apressar a sensação de saciedade. Usando a batata na dieta, as pessoas não vão comer tanto. Para surtir os efeitos esperados, a batata yacon deve ser incluída como um componente regular da dieta, cerca de 100 gramas por dia, sempre com orientação médica.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SDB), o uso da yacon é um mito que vem obtendo fundamento. A SBD afirma em seu site que os estudos, apesar de ainda serem preliminares, estão demonstrando resultados interessantes.
“A batata yacon possibilitaria a pessoa com diabetes um aporte calórico maior de carboidratos, sem colocar em risco o controle metabólico. Além disso, há alguns anos a imprensa vem ressaltando sua capacidade de diminuir os níveis de açúcar no sangue. Suspeita-se que esse alimento apresenta teor de frutose em 60% de sua composição. Isso poderia auxiliar a diminuição da glicose, embora ainda não se saiba como.”
Fonte: [ A Tarde Online ]
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A inulina e a oligofrutose, denominadas frutooligossacarídeos (FOS), são os ingredientes prebióticos mais estudados, tanto in vitro como in vivo. São encontrados naturalmente no alho, cebola, aspargos, trigo, e raiz de chicória.





Após ser ingerida, a inulina alcança o colón, onde é fermentada pela microflora. Esta fermentação gera gases e ácidos graxos voláteis, que por sua vez, são utilizados pelas células. Seus resíduos, são então, excretados através da biomassa bacteriana.
Como não aumenta a glicemia no sangue, a mesma pode ser uma alternativa para indivíduos com diabetes.

Por também ser considerada fibra solúvel, a inulina reduz a liberação de glicose após as refeições, e pode ainda, diminuir a concentração de ácidos graxos e colesterol no sangue. ”
Mais informações: [ Folder sobre Yacon ]


As folhas do yacon são usadas tradicionalmente pela população andina no tratamento do quadro de hiperglicemia do diabetes mellitus, no tratamento de doenças do rim e no rejuvenescimento da pele.
Estudos científicos demonstraram que o chá das folhas do yacon diminuem os níveis de glicose do sangue tanto em ratos normais, quanto em ratos diabéticos. Após 30 dias da administração do chá, os ratos diabéticos apresentaram uma melhora significativa nos parâmetros corporais e renais. Os níveis de glicose sangüínea diminuíram e os níveis de insulina aumentaram. Outros estudos sugerem que o chá das folhas do yacon inibem a produção de glicose no fígado (glicogênese) e também a quebra do glicogênio em glicose (glicogenólise).
Nas folhas do yacon foram encontrados os ácidos clorogênico, cafeico e dicafeoilquinínico e vários compostos fenólicos. O ácido clorogênico e o ácido cafeico são substâncias antioxidantes, protegendo as células da ação maléfica dos radicais livres. Estudos demonstraram que esses ácidos atuam também na regulação do metabolismo da glicose.
A ação dos radicais livres (estresse oxidativo) é um dos fatores participantes no desenvolvimento e na progressão do diabetes mellitus e suas complicações. O diabetes mellitus é geralmente acompanhado pelo aumento da produção de radicais livres ou enfraquecimento das defesas antioxidantes. Assim, o efeito benéfico do yacon no tratamento do diabetes é resultado da ação antioxidante e da ação anti-hiperglicemiante.
Não há registros de efeitos negativos ou tóxicos associados ao consumo das raízes do yacon. No entanto, estudos sobre a segurança do uso prolongando do chá das folhas do yacon ainda precisam ser feitos.


(Artigo escrito por Rejane Barbosa de Oliveira (31/08/2006)).
Referências


AYBAR, M.J.; RIERA, A.N.S.; GRAU, A.; SÁNCHES, S.S. 2001. Hypoglycemic effect of the water extract of Smallanthus sonchifolius (yacon) leaves in nomal and duabetics rats. Journal of Ethnopharmacological 74: 125-132.
VALENTOVÁ, K., CVAK, L., MUCK, A., ULRICHOVÁ, J. & SIMANEK, V. 2003. Antioxidant activity of extracts from the leaves of Smallanthus sonchifolius. Eur J Nutr 42:61-66.
VALENTOVÁ, K. & ULRICHOVÁ, J. 2003. Smallanthus sonchifolius and Lepididium meyenii - prospective andean crops for the prevention of chronic diseases. Biomed. Papers 147(2):119-130.
YAN, X.; OHNISHI-KAMEYAMA, M.; SADA, Y.; NAKANISHI, T. & NAGATA, T. 1999. Extraction and identificatio of antioxidants in the roots of yacon (Smallanthus sonchifolius). J. Agric. Food Chem. 47:4711-4713.



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