Nicotina presente nas roupas, estofos e móveis é cancerígena
Estudo publicado na PNAS
Depois de o cigarro ser apagado, a nicotina fica impregnada nas roupas, tapetes ou nos estofos dos carros e reage com o ácido nitroso da poluição atmosférica, produzindo nitrosaminas cancerígenas, refere um estudo do Lawrence Berkeley National Laboratory, nos EUA, publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).
De acordo com o estudo, as crianças são especialmente vulneráveis às nitrosaminas, que são geralmente absorvidas através da inalação de pó ou pelo contacto da pele com as almofadas, cortinas ou roupas.
Segundo os autores, a próxima fase da investigação tem por objectivo saber durante quanto tempo persistem as nitrosaminas no ambiente e se outras substâncias cancerígenas podem ser formadas a partir do fumo impregnado nas superfícies.
Vários estudos anteriores já tinham documentado os perigos do tabaco para fumadores activos e passivos, mas este estudo insere-se numa nova linha de investigação sobre os perigos para a saúde do denominado “fumo em terceira mão”.
Em comunicado enviado à imprensa, Laura Gandel, uma das líderes da investigação, referiu que fumar ao ar livre é melhor do que fumar em ambientes fechados, mas os resíduos permanecem na pele e nas roupas do fumador, que os transportará para o interior dos locais, espalhando-os. "O maior risco é para as crianças pequenas. A absorção de nicotina pela pele das crianças poderá ocorrer quando o fumador regressa, desde que haja ácido nitroso no ar, o que geralmente acontece."
ALERT Life Sciences Computing, S.A.
12 de Fevereiro de 2010
Se é verdade que cada vez mais médicos estão a deixar de fumar, as médicas fumam mais do dobro da média das mulheres portuguesas. São dados preliminares da tese de mestrado intitulada «Os médicos fumadores em Portugal» que hoje são apresentados em Lisboa a propósito do Dia Mundial Sem Tabaco.
Os dados deste estudo revelam que a prevalência de fumadores na amostra de 816 médicos inquiridos (média de idades: 46 anos) é de cerca de 17 por cento, andando próximo dos 19 por cento a nível nacional.
As maiores diferenças em relação à população em geral surgem na distribuição por sexos: 16 por cento dos clínicos dizem ser fumadores, um valor abaixo da média nacional para os homens (estimada em 20 a 23 por cento); já no universo das médicas, 18 por cento dizem ser fumadoras, sensivelmente o dobro do valor nacional das mulheres, que anda entre os oito e 10 por cento.
O autor do estudo explicou ao jornal Público que em Portugal o tabagismo entre as mulheres continua a subir e que as médicas seguem este padrão. O cenário é diferente do que acontecia em 1994, quando uma investigação junto de médicos de família apresentava valores de prevalência maiores nos homens (41 por cento) do que nas mulheres (30 por cento), referem dados fornecidos pela organização não governamental Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, que organiza o evento.
No ano em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) dedica este dia aos profissionais de saúde contra o tabagismo, o director da OMS pediu aos médicos e outros profissionais da área da saúde para que parem de fumar, porque devem dar o exemplo na luta contra doenças e mortes causadas pelo tabagismo.«Os profissionais da área da saúde estão na linha de frente. Eles precisam ter a habilidade de ajudar as pessoas a pararem de fumar. Por isso, precisam dar o exemplo e também abandonar o cigarro», disse à Reuters o director-geral da OMS, Lee Jong-wook.
Segundo a OMS, as doenças relacionadas ao tabagismo matam uma pessoa a cada seis segundos e meio. O número de mortes por ano deve dobrar para 10 milhões até 2020 --a maioria das vítimas está em países em desenvolvimento.
Segundo a agência da ONU, o número de fumadores no mundo subirá dos 1,3 mil milhões actuais para 1,7 mil milhões até 2025.
Estudos mostram que o aconselhamento de profissionais de saúde pode aumentar as taxas de abandono do tabaco até 50 por cento. No entanto, os estudos também indicam que, de facto, poucos profissionais recebem treino específico para ajudar os seus pacientes a abandonar o tabaco.
Uma investigação da da OMS revelou que os profissionais da saúde fumadores ultrapassam os 20 por cento em 70 por cento dos países. Essa percentagem de fumadores varia entre 0,5 por cento e 47 por cento --o menor registado foi entre estudantes de enfermagem do Uganda, enquanto o maior ficou entre os estudantes de farmácia na Albânia.
Médicos na Internet
com informações do jornal Público e agências internacionais
Médicas fumam o dobro das outras mulheres
OMS pede aos profissionais de saúde para que dêem o exemplo
Se é verdade que cada vez mais médicos estão a deixar de fumar, as médicas fumam mais do dobro da média das mulheres portuguesas. São dados preliminares da tese de mestrado intitulada «Os médicos fumadores em Portugal» que hoje são apresentados em Lisboa a propósito do Dia Mundial Sem Tabaco.
Os dados deste estudo revelam que a prevalência de fumadores na amostra de 816 médicos inquiridos (média de idades: 46 anos) é de cerca de 17 por cento, andando próximo dos 19 por cento a nível nacional.
As maiores diferenças em relação à população em geral surgem na distribuição por sexos: 16 por cento dos clínicos dizem ser fumadores, um valor abaixo da média nacional para os homens (estimada em 20 a 23 por cento); já no universo das médicas, 18 por cento dizem ser fumadoras, sensivelmente o dobro do valor nacional das mulheres, que anda entre os oito e 10 por cento.
O autor do estudo explicou ao jornal Público que em Portugal o tabagismo entre as mulheres continua a subir e que as médicas seguem este padrão. O cenário é diferente do que acontecia em 1994, quando uma investigação junto de médicos de família apresentava valores de prevalência maiores nos homens (41 por cento) do que nas mulheres (30 por cento), referem dados fornecidos pela organização não governamental Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, que organiza o evento.
No ano em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) dedica este dia aos profissionais de saúde contra o tabagismo, o director da OMS pediu aos médicos e outros profissionais da área da saúde para que parem de fumar, porque devem dar o exemplo na luta contra doenças e mortes causadas pelo tabagismo.«Os profissionais da área da saúde estão na linha de frente. Eles precisam ter a habilidade de ajudar as pessoas a pararem de fumar. Por isso, precisam dar o exemplo e também abandonar o cigarro», disse à Reuters o director-geral da OMS, Lee Jong-wook.
Segundo a OMS, as doenças relacionadas ao tabagismo matam uma pessoa a cada seis segundos e meio. O número de mortes por ano deve dobrar para 10 milhões até 2020 --a maioria das vítimas está em países em desenvolvimento.
Segundo a agência da ONU, o número de fumadores no mundo subirá dos 1,3 mil milhões actuais para 1,7 mil milhões até 2025.
Estudos mostram que o aconselhamento de profissionais de saúde pode aumentar as taxas de abandono do tabaco até 50 por cento. No entanto, os estudos também indicam que, de facto, poucos profissionais recebem treino específico para ajudar os seus pacientes a abandonar o tabaco.
Uma investigação da da OMS revelou que os profissionais da saúde fumadores ultrapassam os 20 por cento em 70 por cento dos países. Essa percentagem de fumadores varia entre 0,5 por cento e 47 por cento --o menor registado foi entre estudantes de enfermagem do Uganda, enquanto o maior ficou entre os estudantes de farmácia na Albânia.
Médicos na Internet
com informações do jornal Público e agências internacionais
31 de Maio de 2005
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