Brasil: Estudo mostra que 30% dos amendoins vendidos em MG estão irregulares
Selo Pró-amendoim avalia qualidade do produto em todo o país
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Cerca de 30% do amendoim vendido em Minas Gerais têm níveis maiores do que o permitido de aflatoxina (Foto: Divulgação)
Um levantamento realizado entre maio e setembro deste ano, pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), revela que cerca de 30% das amostras de grãos de amendoim vendidas no estado de Minas Gerais apresentam níveis maiores do que o permitido da substância tóxica aflatoxina, produzida por fungos.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e derivados (Abicab), a entidade não tem o poder de retirar produtos irregulares do mercado. Entretanto, todos os produtos irregulares encontrados são denunciados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e à Promotoria Pública.
"A associação vistoria amostras de amendoim através de coletas feitas nos pontos de vendas aos consumidores, por empresa especializada, sem prévio aviso ao associado. Em caso de o alimento estar adequado para consumo, ele recebe o selo Pró-amendoim, de garantia de qualidade, ", diz Renato Fechino, vice-presidente da área de Amendoim da Abicab. Fechino afirma que, entre os produtos identificados com o selo, nos últimos oito anos não houve nenhuma ocorrência de autuação pela Anvisa.
Segundo a bióloga Marize Silva, chefe do laboratório de Micotoxinas/Micologia da Funed, a aflatoxina é tóxica para o fígado e, se consumida em excesso, pode causar modificações na estrutura do DNA e RNA, chegando a provocar câncer em alguns casos. Temperaturas baixas, umidade e solo contaminado podem favorecer a produção da toxina no amendoim. O alimento pode ser contaminado, de acordo com Marize, quando é cultivado, em processo de secagem ou até mesmo na prateleira do supermercado, quando já está embalado.
Fonte: G1
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