Destruição da natureza aumenta as dificuldades dos mais pobres
Os danos às florestas, rios, vida marinha e outros aspectos da natureza podem reduzir a metade a qualidade de vida dos mais pobres do mundo, conclui um relatório sobre o tema agora conhecido.
As taxas actuais de declínio natural a que assistimos podem reduzir o produto interno bruto (PIB) global em cerca de 7% até 2050.
O relatório Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB) foi realizado com base na análise Stern das alterações climáticas e foi publicado na Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) que decorreu em Bona e onde 60 líderes mundiais se comprometeram a acabar com a desflorestação até 2020.
"Surgem-nos respostas de 6% ou 8% do PIB global quando pensamos acerca dos benefícios dos ecossistemas intactos, por exemplo no controlo da água (inundações ou secas) ou no fluxo de nutrientes da floresta para os campos", diz o líder do projecto Pavan Sukhdev.
"Mas quando nos apercebemos que os maiores beneficiários da natureza intacta são o bilião e meio dos mais pobres do mundo, então esses ecossistemas naturais são responsáveis por até 40% a 50% do que definimos como o 'PIB dos pobres'", explica ele.
A análise TEEB foi organizada pelo governo alemão e pela Comissão Europeia durante a presidência alemã do G8. As duas instituições seleccionaram Sukhdev, director executivo na divisão dos mercados globais do Deutsche Bank, para a liderar.
Na altura, o ministro do ambiente alemão Sigmar Gabriel escreveu: "A diversidade biológica constitui a fundação indispensável para as nossas vidas e para o desenvolvimento económico global. Mas dois terços desses serviços prestados pelos ecossistemas já estão em declínio, alguns drasticamente. Precisamos de tornar a globalização mais verde."
O documento é um relatório interino sobre o que a equipa reconhece ser uma questão complexa, difícil e pouco investigada.
O número de 7% baseia-se largamente na perda das florestas. O relatório reconhece que os custos de perder alguns dos tipos de ecossistemas mal foi quantificado.
As tendências são muito bem compreendidas, uma redução de 50% nas zonas húmidas nos últimos 100 anos, a taxa de perda de espécies entre 100 e mil vezes a que ocorreria sem os 6,5 mil milhões de humanos no planeta, um acentuado declínio dos stocks pesqueiros e um terço dos recifes de coral danificados.
As taxas actuais de declínio natural a que assistimos podem reduzir o produto interno bruto (PIB) global em cerca de 7% até 2050.
O relatório Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB) foi realizado com base na análise Stern das alterações climáticas e foi publicado na Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) que decorreu em Bona e onde 60 líderes mundiais se comprometeram a acabar com a desflorestação até 2020.
"Surgem-nos respostas de 6% ou 8% do PIB global quando pensamos acerca dos benefícios dos ecossistemas intactos, por exemplo no controlo da água (inundações ou secas) ou no fluxo de nutrientes da floresta para os campos", diz o líder do projecto Pavan Sukhdev.
"Mas quando nos apercebemos que os maiores beneficiários da natureza intacta são o bilião e meio dos mais pobres do mundo, então esses ecossistemas naturais são responsáveis por até 40% a 50% do que definimos como o 'PIB dos pobres'", explica ele.
A análise TEEB foi organizada pelo governo alemão e pela Comissão Europeia durante a presidência alemã do G8. As duas instituições seleccionaram Sukhdev, director executivo na divisão dos mercados globais do Deutsche Bank, para a liderar.
Na altura, o ministro do ambiente alemão Sigmar Gabriel escreveu: "A diversidade biológica constitui a fundação indispensável para as nossas vidas e para o desenvolvimento económico global. Mas dois terços desses serviços prestados pelos ecossistemas já estão em declínio, alguns drasticamente. Precisamos de tornar a globalização mais verde."
O documento é um relatório interino sobre o que a equipa reconhece ser uma questão complexa, difícil e pouco investigada.
O número de 7% baseia-se largamente na perda das florestas. O relatório reconhece que os custos de perder alguns dos tipos de ecossistemas mal foi quantificado.
As tendências são muito bem compreendidas, uma redução de 50% nas zonas húmidas nos últimos 100 anos, a taxa de perda de espécies entre 100 e mil vezes a que ocorreria sem os 6,5 mil milhões de humanos no planeta, um acentuado declínio dos stocks pesqueiros e um terço dos recifes de coral danificados.
No entanto, colocar uma etiqueta de preço nisto tudo é provavelmente bem mais difícil, reconhece a equipa, do que os custos das alterações climáticas.
O relatório salienta algumas das zonas ecologicamente danificadas do planeta, como o Haiti, onde a forte desflorestação devida ao corte pelos mais pobres para venderem a lenha, significa que o solo está a ser erodido e é muito menos produtivo.
Existem algumas indicações de que as questões da biodiversidade e da saúde dos ecossistemas estão agora a ser faladas nas cúpulas políticas. Os ministros do ambiente do G8 concordaram, na sua última reunião, num documento onde se salienta que "a biodiversidade é a base da segurança humana e ... a perda de biodiversidade vai exacerbar as desigualdades e a instabilidade na sociedade humana".
O documento do G8 também enfatiza a importância das áreas protegidas e o combate à desflorestação. Na CDB 60 países assinaram compromissos para acabar com a desflorestação global até 2020 mas o principal objectivo da Convenção, acordado por todos os signatários na Cimeira da Terra do Rio de Janeiro de 1992 ("parar e começar a reverter" a perda de biodiversidade até 2010) não é provável que seja atingido.
Um primeiro rascunho da análise TEEB concluía: "As lições dos últimos 100 anos demonstram que a humanidade tem vindo a actuar demasiado pouco e demasiado tarde em face de ameaças semelhantes - amianto, CFC, chuvas ácidas, declínio dos stocks pesqueiros, BSE e, mais recentemente, as alterações climáticas."
A análise Stern dirigia-se aos governos de uma forma que os relatórios anteriores sobre alterações climáticas não podiam pois foi escrita por e para economistas. Os arquitectos do relatório TEEB esperam eventualmente fazer o mesmo para a biodiversidade.
Fonte: Simbiotica
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