Médicos e laboratórios farmacêuticos

Médicos e laboratórios farmacêuticos
: uma medida para acabar com os conflitos de interesse

Mais Hipócrates, menos molho de Hunan. Almoços gratuitos para médicos estão sob ataque novamente.

As entregas de almoços gratuitos em consultórios médicos, juntamente com aquelas ubíquas canetas com logotipos de laboratórios, se tornaram símbolos dos extensos laços financeiros entre médicos e a indústria farmacêutica. E há evidência de que ela influencia que medicamentos são prescritos.

Mas cresce a pressão contra os presentes e outros conflitos de interesse potenciais, um esforço que ganhou força no ano passado quando um grupo de médicos influentes condenou os arranjos financeiros entre médicos e laboratórios farmacêuticos no "The Journal of the American Medical Association".

Na terça-feira, um novo esforço está marcado para ser anunciado pela Community Catalyst, um grupo de defesa de pacientes com sede em Boston, e pelo Instituto da Medicina como Profissão, um grupo de pesquisa da Universidade de Columbia.

Com um subsídio de US$ 6 milhões do Pew Charitable Trusts, as organizações planejam uma campanha nacional pedindo restrições nas interações entre médicos e laboratórios farmacêuticos, além de pedir aos médicos que baseiem suas prescrições mais em evidências médicas do que em marketing.

"Se você está na sala de espera quando estes almoços chineses são entregues no consultório, isto gera dúvidas sobre se as decisões são baseadas nas melhores evidências científicas sobre o medicamento ou se o camarão sichuan tem algo a ver com a prescrição", disse Jim O'Hara, diretor administrativo de iniciativas da Pew.

A industria farmacêutica gasta US$ 12 bilhões por ano com marketing junto aos médicos, com grande parte de tal dinheiro na forma de amostras grátis entregues nos consultórios, freqüentemente acompanhadas de almoço para todos os funcionários.

The New York Times - 12/02/2007

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