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segunda-feira, 10 de maio de 2010
Conservar e produzir
Usar os recursos que temos de modo sustentável dá bons resultados.
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Alfredo agarra a terra com as mãos calejadas de quem a trabalha. Este pedaço de solo castanho e verde, que se desfaz entre os dedos, contém bactérias e fungos que fazem parte de "um complexo ecossistema que não sobreviveria sem a cooperação de todos os seres vivos que dele fazem parte". E é isso que Alfredo Sousa Cunhal, um dos proprietários de uma das maiores herdades agrícolas de produção biológica do Alentejo, quer dar a conhecer. A Herdade do Freixo do Meio, em Foros de Vale Figueira, perto de Montemor-o-Novo, foi uma das primeiras empresas a aderir ao CountDown 2010 - Travar a Perda de Biodiversidade na Europa e a empreender o programa Business & Biodiversity (B&B), certificação lançada há cerca de três anos, a nível europeu, de modo a gerir a propriedade e os seus habitats de forma ambiental e socialmente responsável. A paisagem é complexa, como o é a vida, "para ser perdurável", sublinha Alfredo. Na herdade, que se estende por 1900 hectares, cruzam-se o olival, a horta, o montado e os prados repletos de flores e leguminosas que servem de pastagem às vacas, cabras, ovelhas, porcos e perus criados ao ar livre. E que, por sua vez, devolvem à terra a matéria orgânica que a fertiliza. Não há desperdícios. Enquanto caminha pelo prado, Alfredo resume a sua história e a sua filosofia de vida. Quando em meados dos anos 80 a família Sousa Cunhal recuperou as propriedades, expropriadas no pós-25 de Abril, "a preocupação era levantar uma casa agrícola do zero e criar postos de trabalho". Encontraram os solos erodidos e um montado em decadência. Em pouco tempo, Alfredo percebeu que o que lhe tinham ensinado no curso de Zootecnia não serviria para ali desenvolver um "projecto perdurável". Então, começaram a "reinventar o montado". "Sabíamos que não podíamos ir pelo mesmo caminho que o meu avô ou que a cooperativa", conta. E compreenderam que "o lucro máximo no menor lapso de tempo é um absurdo". Introduziram diferentes espécies de gado, o olival, a vinha, as leguminosas. "Sem o saber", caminhavam para a biodiversidade e diferenciavam-se, apostando na agricultura biológica. Ao longo da última década o projecto foi amadurecendo. "A natureza ensina-nos tudo", constata o agricultor, apontando para o chão onde passa um escaravelho: "Ele tem a sua própria função neste ecossistema". Começaram por multiplicar as cabeças de gado até perceberem que assim não teriam recursos suficientes para alimentá-las e que a produção não seria sustentável. Inverteram o caminho. Reduziram a produção de carne e aumentaram a de hortícolas. Aqui cultivam, criam, transformam, embalam os produtos e escoam para as suas próprias lojas ou outras que vendem produtos biológicos a nível local ou regional. Há seis anos que não há lucro e a partilha do património com os irmãos obrigou Alfredo a redimensionar o projecto. Reduziu os trabalhadores de 60 para 30 e passou a apostar mais nos serviços de educação ambiental. Não esmorece: "Não trabalho por dinheiro. Trabalho para todos os dias ir dormir sossegado. Faço o que está ao meu alcance para ser parte da solução e não do problema". O património que detém permite-lho. Este é o seu contributo para tentar reduzir a perda de biodiversidade. Mantém a terra fértil, produz, reutiliza, distribui e desenvolve projectos concretos de conservação da fauna e da flora autóctones, com medidas para inverter o declínio do gato-bravo, o cavalo sorraia ou o carvalho cerquinho (para este último disponibilizou oito hectares destinados a uma micro-reserva gerida pela Quercus). No Freixo do Meio tenta construir um modelo de produção de alimentos, de paisagem e de mobilidade que contribui para a redução da perda de biodiversidade a nível local. A ideia está espalhada pelo país e pelo mundo e os projectos vão surgindo. O primeiro passo foi dado na cimeira mundial de ministros do Ambiente, em Curitiba, em 2007. Em Portugal meia centena de outras empresas e organizações, oriundas de variados sectores de actividade (agricultura, finanças, turismo, transportes, indústria...) aderiram à iniciativa B&B e assinaram protocolos com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) nos últimos três anos. Umas intervêm de forma directa no território, outras apoiam projectos de investigação, outras ainda minimizam os impactes ambientais das suas actividades. "O balanço é claramente positivo", afirma o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, que salienta o facto de Portugal ter sido "pioneiro em projectos B&B", apesar de este "ser um trabalho ainda inacabado". Um estudo do programa da ONU para o ambiente estima que o alargamento das áreas protegidas no mundo é um investimento e não um custo. E que a perda de biodiversidade tem um significado económico gigantesco. |
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