Ipê-Roxo (Pau de Arco) tem propriedades anticancerígenas e muito mais


Cientistas americanos descobriram que uma substância extraída da casca do ipê-roxo mata um certo tipo de célula cancerígena, num estudo de 2007 publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Segundo os pesquisadores do Centro Médico Southwestern, da Universidade do Texas, a descoberta pode abrir o caminho para um novo tratamento contra o tipo mais comum de câncer de pulmão.
Um dos compostos tirados da casca da árvore, o "beta-lapachone", mostrou promissoras características anticancerígenas. Cientistas já estão utilizando a substância em testes clínicos para examinar seu resultado contra o câncer de pâncreas nos seres humanos.
No entanto, até o momento ainda não se sabe como funciona o mecanismo que mata as células cancerígenas. "Basicamente, descobrimos o mecanismo de ação do beta-lapachone e uma forma de utilizar o remédio num tratamento individualizado", disse David Boothman, professor do Centro Oncológico Integral Harold Simmons e autor principal do estudo.
Em sua pesquisa, os cientistas determinaram que o composto extraído da casca da árvore interage com uma enzima identificada como NQ01, encontrada em células de câncer pulmonar e outros tumores sólidos. Nos tumores, a substância é metabolizada e produz a morte celular sem danificar os tecidos não cancerosos, diz o estudo.
A substância também altera a capacidade das células cancerígenas de reparar seu DNA, levando à sua morte. A radiação danifica o DNA das células, aumentando a presença de NQ01, segundo os cientistas.
"Quando se dirige a radiação sobre um tumor, os níveis de NQ01 aumentam. Tratando as células com beta-lapachone, uma sinergia entre as duas substâncias leva a uma morte contundente" das células cancerígenas, disse Boothman.

O Ipê-roxo favorece à multiplicação de glóbulos vermelhos, responsáveis por levar oxigênio às células. Possui poderes antiinflamatórios e na dissolução de tumores. A casca da árvore também pode ser usada para lavar as feridas da Impingen, doença contagiosa da pele, causada por micróbios e bactérias.

 É usado também como analgésico e como auxiliar no tratamento de doenças estomacais e da pele. No passado, foi largamente utilizado no tratamento da sífilis. 

Vários usos



HIV), artrite, asma, bronquites, câncer, câncer de cólon, câncer de próstata, câncer pulmonar, cândida, colite, cistite, diabetes, disenteria, Doença de Hodgkin, doença venérea, fadiga, febre, gastrite, gripe, herpes, hipertensão, infecção fungosa, leucemia, lombriga, lupus, osteomielite, parasitas, pé-de-atleta, prostatite, resfriados, tricomoníase, tuberculose, tumores, úlceras.

Propriedades Medicinais: analgésico, anódino, antibacteriano, antifúngico, antiinflamatório, antioxidante, antitumor, antivirótico, diurético, febrífugo, imunoestimulante, laxante.

O Ipê-Roxo é um laxante moderado. É usado na medicina alternativa para tratamento de câncer de pulmão, próstata e cólon e acredita-se que aumenta a produção de células vermelhas no sangue. O Pau D’Arco é tradicionalmente utilizado na medicina tradicional do Peru, onde já era utilizado extensivamente pelo império Inca. Em pesquisa realizada nos anos 1960 e 1970 pelo U.S. National Cancer Institute (Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos), ficou demonstrado que Tabebuia impetiginosa tem um efeito muito pronunciado sobre o câncer. No entanto, as doses orais da erva alcançam níveis consideráveis no sangue, causando alguns efeitos colaterais. Devido a este fato, o uso do medicamento natural contra o câncer foi interrompido em alguns pacientes.

O Pau-Darco possui lapachol, um pigmento amarelo cristalino, que inibe o crescimento de céluas de tumores, impedindo os tumores de metabolizarem oxigênio. Apresenta ótimos resultados contra o parasita da malária. A substância química exibe atividade antibacteriana e efetividade contra bactérias Brucella. Usada popularmente como pomada para lombriga. Embebida no pé para tratar pé-de-atleta e usada para qualquer infecção fungosa. Em doses controladas os ativos químicos do Ipê-Roxo podem revigorar o sistema imunológico, no entanto, doses altas poderiam ocasionar justamente o contrário.

O Ipê-Roxo é composto de naftoquinonas (lapachol), flavonóides, carnosol, ácido lapáchico, indóis, alcalóides (tecomina), coenzima Q-10, saponinas esteróide, bário, iodo.
Efeitos Colaterais e Contra-Indicações

O uso excessivo pode soltar os intestinos e resultar na perda de células vermelhas do sangue, podendo causar anemia. A anemia geralmente resulta em fadiga, pele fria e pálida, batimento cardíaco anormal e padrões respiratórios. Associado com lapachol, poucos efeitos colaterais incluem tonturas, náuseas, vômitos e diarréia.

Parte da Planta utilizada: A flor e a casca da árvore.
Modo de Utilização : Através de chá.

Outros nomes vulgares: caboré, guaraíba, ipê (RJ,SC), ipê-de-flor-roxa, ipê-piranga, ipê-preto (RJ,RS), ipê-rosa (MG), ipê-roxo-anão (SP), ipê-uva, pau-d’arco (BA), pau-d’arco-rosa (BA), pau-d’arco-roxo (BA,MG) peúva (MS) e piúva (MS,MT). Na Argentina, lapacho e no Paraguai, lapacho negro.a maioria das espécies são encontradas no sudoeste paraense, na área do municipio Altamirense, e na maior floresta de ipês do Brasil, a floresta do MACAPICHI.
Apesar de já ser muito utilizada por médicos e farmacêuticos no Brasil, o Ipê, Tabebuia avellanedare, Lorz & Grisen alcança os meios científicos mais avançados da época através de um trabalho apresentado pela República Argentina na Exposição de Filadelfia, em 1876. No trabalho apresentado pelo governo argentino, no capítulo XV, página 272, estava a apresentação de um corante vegetal descoberto pelo fitoquímico argentino Max Siewert. Escreve Siewert sobre sua descoberta: "Um novo extrato ácido de uma árvore da família Bignoniaceae, da espécie Tabebuia, chamada vulgarmente de Lapacho. A este ácido denominei ácido lapacico." No momento da exposição, o fitoquímico argentino achava que este ácido era um glicosídeo e que adicionado ao ácido sulfurico formava o ácido lapacônico. Até o ano de 1876 nada sabiam os fitoquímicos europeus sobre este ácido, afinal não havia sido publicado qualquer trabalho a respeito desta planta na Europa, o que causou curiosidade e interesse em fitoquímicos dos mais diversos países do velho mundo.
Certa vez uma paciente terminal com câncer de útero sonhou que um monge lhe apareceu, e disse para ela procurar o remédio para a sua doença em uma árvore chamada Pau d’arco. A paciente assustada, mas recordando do sonho, contou a um parente que trabalhava pesquisando plantas medicinais. O parente, fitoquímico, resolveu seguir o sonho, e procurar o remédio no cerne do Pau d’arco. Estamos em 1956 e os Anais da Sociedade de Biologia de Pernambuco publica as primeiras observações sobre a ação antimicrobiana do lapachol. No Instituto de Antibióticos da Universidade do Recife os pesquisadores Oswaldo Gonçalves de Lima, Ivan Leôncio d’Albuquerque, Marisa Pinheiro Machado, Evans Silva e Gerson Pereira Pinto escrevem: "No curso de nossas pesquisas no campo dos antimicrobianos de plantas superiores, foi constatado que extratos etanólicos e acetônicos de amostras da madeira de construção denominada Pau d’arco (Tabebuia spp) apresentam forte ação inibidora contra gram-positivos (Baccilus subtilis e M. pyogenes v. aureus). Posteriormente verificou-se que as soluções obtidas oferecem, por concentração, abundante messe de substância cristalizada de cor amarela ouro, identificada, em seguida, como lapachol [2-hidróxi-3-(3-metil-2-butenil)-1,4-naftoquinona], composto cuja descoberta e estudo, nos fins do século passado, representa um dos capítulos mais brilhantes da história da fitoquímica".

Escreve a revista O Cruzeiro em outubro de 1967: 
"Está cientificamente comprovado que o lapachol, substância abundantemente encontrada no ipê e isolada pelo professor Oswaldo Gonçalves de Lima, tem ação anti-câncer já em fase de experimentação pré-clínica nos Estados Unidos, conforme comunicação oficial do Dr. Jonatham Hartwell, pesquisador norte-americano, assistente extraordinário do National Cancer Institute, órgão do governo dos EUA". No corpo da matéria Dr. Oswaldo, reclama que a imprensa está distorcendo as suas declarações e explica: "Fui convocado pela Comissão da Câmara, por indicação do deputado Breno da Silveira, para uma exposição dos trabalhos que vimos fazendo sobre antibióticos e câncer . . . O meu maior cuidado foi em relação ao ipê. Há muito venho trabalhando em substâncias antimicrobiana, sobretudo em relação ao Lapachol e derivados, encontrados abundantemente no Ipê. Cheguei a descobrir que a planta, sob a forma de extrato, apresenta ação antimicrobiana, sendo o Lapachol a substância que mais fortemente apresenta esta forma de reação. Afirmei na exposição que os nossos estudos em relação à atividade anti-câncer dos extratos da parte do líber (entrecasca) e do cerne (casca) do ipê revelaram resultados inconclusivos, isto é, inibições em tumores experimentais, resultados inconstantes e marginais, resultados estes que não podem ser cientificamente divulgados". O Dr. Jonathan Hartwell por outro lado, fez uma afirmação de que ele, havendo pesquisado com espécies de Bignoniaceae, do gênero Tabebuia (é o gênero dos ipês), descobriu que os seus extratos tinham ação anti-câncer em animais experimentais e que, ademais, havia isolado da planta uma substância ativa anti-câncer, o Lapachol.

O Laboratório Estatal de Pernambuco (Lafepe) advertiu em fevereiro de 2004, por meio de notificação extrajudicial, a empresa Roberg Alimentos e Medicamentos da Natureza, sediada em Votorantim (São Paulo), por uso indevido da marca Lapachol, que pertence à instituição pernambucana desde 1978. Desde então, o Lafepe vem renovando o registro de marca, cuja última concessão foi dada em 9 de setembro de 2003, com prazo de validade de 10 anos. O Lapachol é o nome de marca do princípio ativo naftoquinona, um produto extraído do ipê roxo, com reconhecida ação antiinflamatória, analgésica, antibiótica e antineoplásica (ataca qualquer tumor, benigno ou maligno). O produto é distribuído também nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Em 1969, o laboratório passou a produzir e comercializar Lapachol, como auxiliar no tratamento do câncer. Atualmente, a estatal pernambucana tem acordo com o Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, na pesquisa de ensaios clínicos em seres humanos em tratamento de câncer, primordialmente o câncer de próstata.

Fundado em 1967, o Lafepe desenvolveu e comercializou nove produtos nos últimos três anos e tem duas patentes registradas. O Lafepe teve mais de R$ 100 milhões de faturamento bruto em 2003, tendo dispendido 0,09% desse total em P&D. Com 695 empregados, há 16 deles alocados na área de P&D, que conta com uma coordenadoria específica, encarregada da execução da pesquisa científica dentro da indústria farmacêutica e do desenvolvimento de novos medicamentos de diferentes classes farmacológicas, incluindo ativos consagrados e aqueles ainda em estudos iniciais, como a maioria dos fitofármacos.
O botânico Theodoro Meyer, da Universidade de Tucuman, da Argentina, conseguiu isolar importantes componentes do ipê-roxo, como a quinona, cujo efeito germicida pôde ser comprovado. A quinona possui uma estrutura semelhante a da vitamina K6, que detém efeito adstringente que auxilia o metabolismo do fígado na produção de protombina e de outras substâncias que participam da coagulação sangüínea. Estas propriedades da quinona, presentes no ipê-roxo, ajudam a explicar seu poder antiinflamatório e na dissolução de tumores. O primeiro contato que Meyer teve com o ipê-roxo foi com os índios callawaya, descendentes dos incas. O poder de cura dos callawaya, segundo disse o médico, é conhecido em todo o mundo. Eles já catalogaram cerca de mil plantas medicinais. O conhecimento sobre elas é passado de geração a geração. Durante a construção do Canal do Panamá, por exemplo, estes índios foram chamados para curar dezenas de operários vitimados pela febre amarela. Com os curandeiros da tribo, chamados de "Senhores do Saco de Remédios", Meyer aprendeu que, pelos conhecimentos indígenas, o ipê-roxo é considerado uma das principais "plantas mestras". E era indicada para uma ampla variedade de doenças, como câncer, leucemia, diabetes e reumatismo. O botânico argentino, desde então, devotou toda sua atenção aos experimentos relacionados ao ipê-roxo. Tentou levar adiante o conhecimento que obtivera ao longo de anos. Não obteve sucesso, porém. Em 1972, morreu frustrado pela falta de aceitação de seus experimentos por parte da medicina ortodoxa.

Um parente dos ipês, a Arrabideae samidoides, também está na mira dos pesquisadores da Unesp. Patrícia Mendonça Pauletti, aluna de doutorado de Bolzani, identificou xantonas (moléculas orgânicas cuja estrutura inclui três hexágonos formados por átomos de carbono) que também são bons antioxidantes. O resultado mais interessante, embora ainda preliminar, foi a possível ação dessas substâncias contra o metabolismo do Plasmodium falciparum, o protozoário causador da malária. O parasita, que costuma atacar os glóbulos vermelhos do sangue humano, usa uma proteína para ''digerir'' a hemoglobina (molécula que é o pigmento vermelho do sangue) e produzir seu próprio pigmento celular. 


Fontes:
Wikipedia
EFE - Agência EFE
http://www.slideshare.net/lu_ter_jeh/ip-roxo-127362

http://www.redetec.org.br/inventabrasil/iperoxo.htmhttp://www.estado.estadao.com.br/edicao/especial/plantas/jui8.html 
acesso em junho de 2002
http://www.tomdaservas.com.br/iperoxo.htm
http://www.mysteredange.hpg.ig.com.br/poemas_pagin/ipe.htm
acesso em outubro de 2002
http://histoeplmed.2x.com.br/medicamento.htm
http://www.noolhar.com/opovo/brasil/167178.html
acesso em dezembro de 2002
http://www.finep.gov.br/premio/folhas_inovacao_premio_2004/nordeste_tela.pdf
acesso em julho de 2005
Cientistas do Brasil, SBPC, 1998, página 248
JORNAL GAZETA MERCANTIL DATA: 09/02/04 ON-LINE Em defesa da marca 

AIDS (

Comentários

Mas, amigo, que jeito tomo o ipê roxo ? E onde raios encontro isso, se moro em são paulo, capital???? Obrigada se puder me responder no meu email...Aqui é difícil achar a respostas...São Tantas!!!!Nossa mãe!!!

profared@htomail.com

( se não for importunar você claro)

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