Espargos

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O espargo (Asparagus officinalis L.) é uma planta vivaz rizomatosa, pertencente à família das liliáceas, espontâneo em toda a bacia mediterrânica, conhecido desde tempos remotos pelas suas qualidades terapêuticas e diversidade gastronómica. É uma planta dióica, isto é, dá plantas femininas e plantas masculinas separadamente. Só as plantas femininas dão fruto, pequenas bagas avermelhadas. A sua textura é definida pela quantidade de fibras, sendo alguns demasiado fibrosos e, por isso, pouco apreciados na gastronomia. Os seus rebentos, conhecidos como turiões, rebentam directamente do solo (no Inverno). São a parte mais apreciada do espargo porque tenros, carnudos e comestíveis.
Existem vários tipos de espargos: brancos, verdes, violetas e violetas esverdeados.
Altamente terapêuticos, utilizados na prevenção e tratamento de várias doenças porque riquíssimos em sais minerais, aminoácidos e antioxidantes. São ricos em fibra, vitamina C, caroteno (provitamina A), vitaminas B1 e B2, vitamina E, ácido fólico, fósforo, cálcio, magnésio, ferro, zinco e potássio. São ricos em saponinas que actuam sobre as células cancerosas e o ácido fólico favorece a formação de glóbulos vermelhos. Muito pobres em calorias, não têm gordura nem colesterol, são especialmente indicados em dietas de emagrecimento, juntamente com o arroz integral. Têm propriedades rejuvenescedoras, tónicas e diuréticas, favorecendo a boa saúde das artérias, da pele, das unhas, do cabelo e dos ossos, da vista, do estômago, do coração e do sistema nervoso. Fortalecem a líbido e o cérebro.
Podemos encontrar espargos frescos, congelados ou em conserva. Devemos privilegiar o produto fresco e biológico que pode ser consumido cru ou cozinhado. Se cozinhado, deve ser cozido até estar tenro. No entanto, consumidos mal cozidos (apenas escaldados) ajudam a combater edemas, palpitações e, em especial, a diabetes! São essencialmente utilizados como diuréticos (devido à aspargina que contêm) e são também sedativos. O xarope de pontas de espargo é utilizado na hipertrofia do coração. Pode utilizar-se também a raiz do espargo em cozimento ou decocção, normalmente na proporção de 60 gramas para um litro de água. Esta decocção é utilizada para activar o funcionamento das vias urinárias, bebendo-se duas chávenas por dia (uma de manhã em jejum e outra ao fim do dia). Alguns fitoterapeutas afirmam que os espargos se devem consumir crus, em saladas ou em sumo, uma vez que o ácido fólico se perde, em grande parte, com a cozedura.
O espargo é um alimento que deve ser evitado em caso de insuficiência renal e litíase úrica. Desaconselhado também em casos de reumatismo agudo e cistite.
Na gastronomia, podem ser utilizados em sumos, saladas, sopas, açordas, estufados e guisados. Deixamos duas sugestões culinárias:
Salada cozida: Coza, em partes iguais e cortados em cubos muito pequenos, batata, cenoura, couve-flor e espargos. Tempere com azeite, 1 colher de sopa de mostarda de boa qualidade, 1 colher de chá de curcuma, alho e salsa picados.
Salada crua: Numa salada variada (alface, agrião, cenoura ralada, rabanetes, salsa e coentros) junte as partes tenras dos espargos cortadas em pequenos pedaços. Tempere com azeite ou óleo de cânhamo, um pouco de vinagre de arroz e molho de soja (shoyo).

Referências:
“Medicina Popular”, João Ribeiro Nunes, Litexa Editora
“Coma e Cure-se”, Dr. Andrei Dracea, ed. Bodywell


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