Uso excessivo de antibióticos preocupa médicos

Muitas pessoas têm recorrido ao uso de antibióticos para problemas rotineiros
de saúde como tosse, constipações e dor de garganta. O comportamento tornou-se tão comum, muitas vezes os próprios médicos contribuem com a tendência, que tem levado não apenas à auto-medicação, mas ao aparecimento de certos tipos de fármacos preferidos, como se tais medicamentos fossem doces ou refrigerantes.


Para o médico Jim Wilde, da Faculdade de Medicina da Geórgia, nos Estados Unidos, a situação é tão grave que «a guerra contra as bactérias está a ser perdida». O ponto mais preocupante é que a proliferação de microrganismos resistentes aos antibióticos tem ocorrido em velocidade e frequência muito superiores ao ritmo de produção de novos medicamentos.


O cientista explica que, mesmo que os antibióticos sejam utilizados apenas quando realmente necessários, as bactérias encontrarão maneiras de lhes resistir. Mas a diferença é que, nesse cenário, o período de eficácia seria muito maior, dando tempo para que fossem desenvolvidas novas drogas.


Wilde acredita que, se nenhuma medida drástica for tomada, a maioria dos antibióticos (necessários para tratar estados graves como meningite ou pneumonia ) pode tornar-se inútil em 50 anos.


O especialista lembra que em países em desenvolvimento, onde a falta de médicos e profissionais de saúde acaba por conduzir a um uso ainda mais indiscriminado de antibióticos do que nos países mais ricos, o perigo é ainda maior. «Em diversas regiões, as infecções comuns que já não têm tratamento disponível».


Traduzido por:
MNI-Médicos Na Internet

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